Pilar do comunismo ou um escritor exótico? estudo descritivo das traduções polonesas da obra de Jorge Amado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Jezdzikowski, Jaroslaw Jacek
Orientador(a): Franco, Eliana Paes Cardoso
Banca de defesa: Franco, Eliana Paes Cardoso, Araújo, Vera Lúcia Santiago, Milton, John, Ramos, Elizabeth, Cruz, Décio Torres
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29606
Resumo: As traduções da obra de Jorge Amado começam a ser publicadas na Polônia, a partir do ano de 1949, período em que o país vive a ditadura stalinista. A censura admite somente produções culturais comprometidas com o realismo socialista. Jorge Amado é traduzido junto aos autores que simpatizam com o comunismo. O escritor brasileiro exerce um grande impacto sobre o sistema sociopolítico polonês. O momento da introdução do autor brasileiro no sistema literário polonês coincide com o período do exílio de Amado na Europa. Até o ano de 1993 são traduzidas, editadas e reeditadas, dezessete obras de Amado: onze no período do realismo socialista, e seis nos tempos de maior abertura do sistema político. Amado tem na Polônia vinte edições até o ano de 1957, e seis edições em todo o período posterior. O estudo das traduções vai além da problemática meramente lingüística. A pesquisa analisa a dialética dos condicionamentos nos quais começa e se desenvolve o intercâmbio entre os dois sistemas culturais: o brasileiro e o polonês, operado por meio da obra traduzida de Jorge Amado. A tese responde a pergunta sobre a função da obra de Jorge Amado no sistema literário polonês, sugerindo dois papeis possíveis: o papel de um pilar do comunismo e o papel de uma literatura exótica.