Perfil de atividade e participação social após a alta hospitalar de sobreviventes de AVC e fatores associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Marilucia Reis dos lattes
Orientador(a): Gomes Neto, Mansueto lattes
Banca de defesa: Alves, Iura Gonzalez Nogueira lattes, Domingos, Laísa Liane Paineiras lattes, Silva, Cássio Magalhães da Silva e lattes, Gomes Neto, Mansueto lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39079
Resumo: Introdução: As limitações na execução das atividades e dos papéis sociais se constituem nas principais dificuldades enfrentadas pelos sobreviventes de acidente vascular cerebral após a alta hospitalar. Objetivo: Descrever o perfil de atividade e participação social de sobreviventes de AVC, após a alta hospitalar, bem como os fatores associados. Material e métodos: Trata-se de um estudo longitudinal, com indivíduos na fase subaguda após o AVC, que estiveram internados em um hospital de referência em neurologia da rede pública estadual, localizado em Salvador, Bahia, Brasil. Os dados primários avaliados no internamento foram a gravidade do AVC, o controle postural, a incapacidade funcional, a mobilidade torácica, a força muscular respiratória e a capacidade de tosse. Os dados secundários foram extraídos dos prontuários e os desfechos, atividade e participação social foram investigados seis meses após a alta. Realizou-se a análise de regressão linear e a correlação de Pearson. O estudo apresenta parecer 4.982.188 e CAEE 15885919.2.0000.5028. Resultados: A amostra foi composta por 50 voluntários, com média de idade de 58±12 anos, sendo 27 (54%) do gênero feminino, 30 (60%), exerciam alguma atividade laboral, a média da escala NIHSS foi de 5±4, o tempo médio de internamento de 20±13 dias, 42 (84%) com AVC do tipo isquêmico e 11 (22%) trombolisados. Cerca de 21 (45%) apresentaram força muscular incompleta à esquerda (hemiparesia) e 8 (16%) com heminegligência. A média da escala PASS foi de 23±10 e 18 (60%) dos indivíduos apresentaram uma pontuação média entre 3-5 na escala ERM, traduzida por deficiência cinético-funcional moderada. Em relação à função respiratória, a variação na cirtometria umbilical (2,4 ±5,0) foi a mais expressiva, as medidas de PImáx (53±31) e PEmáx (52±35) apresentaram-se abaixo dos valores preditos, média do PFT foi de 165 ± 92 e houve correlação de moderada a boa entre PEmáx e PFT (r=0,52 p= 0,005). A pontuação média mais baixa na escala LIFE-H foi atribuída ao domínio participação social (2,93±0,6), em comparação com a atividade (3,58±0,3). As variáveis explicativas não apresentaram correlação com os desfechos investigados. Conclusão: Os sobreviventes de AVC apresentaram declínio acentuado na atividade e na participação social após a alta hospitalar, sendo o comprometimento maior nos papéis sociais. Além disso, os indivíduos apresentaram declínio na mobilidade torácica, força muscular respiratória, capacidade de tosse, controle postural e na capacidade funcional durante o internamento.