Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Jesus, Manuela Solange Santos de |
Orientador(a): |
Zoghbi, Denise Maria Oliveira |
Banca de defesa: |
Mattos, Manuela Neves dos Santos,
Souza, Iracema Luiza de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31540
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Resumo: |
O presente trabalho propõe uma investigação sobre as práticas de ensino de língua portuguesa em classes dos anos finais do ensino fundamental em Amargosa-BA e suas possíveis relações com os Estudos do(s) Letramento(s). Para tanto, averiguou-se tal ensino em duas classes de tal nível escolar, 7º e 8º ano, respectivamente, tendo em vista a aceitação de docentes de língua materna a tal pesquisa acadêmica. Com base no entendimento de que as práticas de letramento são capazes de transformar o indivíduo socioculturalmente, haja vista que o ler e escrever envolvem ações dentro e fora do ambiente escolar, entende-se como os letramentos estão relacionados ao exercício da cidadania, no seu sentido mais amplo, mas também a apropriação e utilização das informações e conhecimentos produzidos pela humanidade. Levando em conta a relação entre os letramentos e a agência-escola, espaço por assim dizer privilegiado de diversidades, atuações e sentidos formativos, busca-se, a partir de observações às aulas de língua materna, descrever as percepções sobre ensino de língua e seu imbricamento em práticas letradas, bem como as metodologias empregadas por docentes de língua portuguesa, no que tange a leitura e a escrita, em suas atuações pedagógicas no município amargosense. Ao se enquadrar em uma pesquisa qualitativa interpretativista de cunho etnográfico , na qual os fatos foram observados, registrados, analisados e interpretados em seus cenários naturais, a fim de apreender os significados conferidos pelos sujeitos participantes, tal pesquisa centrou-se, especificamente, numa escola da Educação Básica, atualmente administrada pela rede estadual de ensino, situada no município de Amargosa-BA. Partindo do pressuposto de que a linguagem é uma atividade socialmente construída, que possibilita múltiplas interpretações, corrobora posicionamentos e é constitutiva das práticas sociais de leitura e escrita, o trabalho realiza a junção de marcos teóricos relevantes, a saber: concepções de língua, ensino, texto, formação docente, além de letramento(s), leitura, escrita, multiletramento(s), fazendo jus ao campo da Linguística Aplicada, a qual compreende a linguagem em uso, atentando-se às mudanças, manifestações e realidades sociais. Autores como Antunes (2003, 2019, 2010), Britto (2005), Freire (2003), Hanks (2008), Marcuschi (2008), Orlandi (2011), Kleiman (1995, 2002), Street (1984, 2003, 2014), Rojo e Moura (2012, 2019) são exemplos de bases bibliográficas referenciadas. Tais bibliografias aliadas à pesquisa de campo com aplicação de questionários e observações às aulas de língua portuguesa buscaram constituir o cenário pesquisado, no que tange as práticas de letramento. Observa-se, por meio de tal trabalho, que docentes de língua materna, no devido município, expõem em suas aulas atuações sociocomunicativas, tendo em vista o caráter sociocontemporâneo do qual fazemos parte, mas ainda conservam reducionismos às práticas de leitura e escrita, especificamente, voltando-se à normatividade e prescrição gramatical/ortográfica. Mesmo reconhecendo as funções sociais e histórico-políticas da língua, presenciamos no espaço escolar uma resistência às múltiplas semioses imersas nas práticas discursivas de todos os sujeitos sociais. |