Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Diego Emanoel Sousa |
Orientador(a): |
Tiryaki, Gisele Ferreira |
Banca de defesa: |
Tiryaki, Gisele Ferreira,
Santos, Luis Paulo Guimarães dos,
Jesus, Cleiton Silva de |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Ciências Contábeis
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29877
|
Resumo: |
A adoção completa das normas internacionais de contabilidade (IFRS) pelas empresas brasileiras, a partir do ano de 2010, objetivou uma melhor evidenciação das informações contábeis. Esta iniciativa tem o potencial de reduzir a assimetria informacional, diminuindo o custo na captação de recursos e, conseqüentemente, resultando em um menor prêmio de risco em equity das empresas. A presente pesquisa buscou verificar o impacto da convergência às IFRS sobre o prêmio de risco em equity nas companhias listadas na BM&FBOVESPA. Para alcançar este objetivo, foi realizado um estudo empírico que estimou o prêmio de risco em equity das empresas listadas na BM&FBOVESPA no período de 2004 a 2015, a partir de um modelo “adaptado” ao CAPM, ao qual foram incluídas variáveis de riscos idiossincráticos. Os dados da pesquisa foram dispostos em painel e foi realizada uma análise das estatísticas descritivas das variáveis que compõem o modelo proposto para estimação do prêmio de risco em equity das empresas pesquisadas, estruturadas em três períodos; o período completo da pesquisa (2007-2015), o período pré-convergência às IFRS (2007-2009) e o período pós-convergência às IFRS (2010-2015). Após a realização dessas etapas, verificou-se uma redução de 101,64% na média do prêmio de risco em equity das empresas pesquisadas no período pós-convergência às IFRS, em comparação a média do período pré-convergência. De forma adicional, observou-se que o coeficiente de correlação entre a proxy do custo de capital e a variável IFRS revelou uma associação negativa entre as mesmas, o que demonstra que o custo de capital está inversamente relacionado a adoção das IFRS. Tais achados alinham-se com trabalhos anteriores que também verificaram uma redução no prêmio de risco em equity das empresas após a adoção das IFRS. Além disso, os resultados da pesquisa confirmam a melhoria do conteúdo informacional das informações contábeis divulgadas pelas companhias listadas na BM&FBOVESPA após a adoção das IFRS, mais uma vez alinhando-se com trabalhos anteriores. Diante desse cenário, aceita-se a hipótese da pesquisa de que “ocorreu uma redução do prêmio de risco em equity das companhias listadas na BM&FBOVESPA após a convergência as normas internacionais de contabilidade”. Com relação à análise das variáveis de riscos idiossincráticos verificou-se que as mesmas não apresentaram significância estatística para explicar o prêmio de risco em equity das empresas da amostra. Tal resultado refuta achados científicos de que a inclusão de tais fatores de risco no CAPM, proporciona estimativas mais precisas do custo de capital numa amostra de empresas não financeiras cotadas e domiciliadas no mercado europeu no ano de 2013. Verificou-se também que os American Depositary Receipt (ADR) não se mostraram significativos para explicar o comportamento do prêmio de risco em equity das empresas da amostra. Essa observação alinha-se a resultados obtidos na literatura brasileira que já advertiam para tal fenômeno. De forma complementar, os achados desse trabalho refutam os resultados de trabalhos que não observaram evidências de melhora no conteúdo informacional e redução do custo de capital das empresas de capital aberto nos períodos de adoção parcial e obrigatória de IFRS no Brasil. |