Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Varanda, Patrícia Alves Galhardo
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Orientador(a): |
Silva, Gilberto Tadeu Reis da
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Banca de defesa: |
Almeida, Deybson Borba de,
Escobar, Óscar Javier Vergara,
Umpiérrez, Augusto H. Ferreira,
Porto, Adrize Rutz,
Lanzoni, Gabriela Marcellino de Melo,
Backes, Vânia Marli Schubert |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
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Departamento: |
Escola de Enfermagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39348
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Resumo: |
Este estudo objetivou analisar as estratégias de liderança dos enfermeiros frente às mudanças na gestão do cuidado durante o enfrentamento da COVID-19 em hospitais universitários federais no Brasil, sob a perspectiva do modelo de John Kotter. Trata-se de uma pesquisa multicêntrica, de natureza qualitativa, do tipo analítico, subsidiada pela abordagem dos conceitos do modelo de mudanças de John Kotter. E está integrada ao projeto matriz, multicêntrico nacional, cuja denominação é “Avaliação do Cuidado de Enfermagem a Pacientes com COVID-19 em Hospitais Universitários Brasileiros”. Para tanto, o cenário foi composto por 10 hospitais universitários, no Brasil, que representaram as cinco regiões brasileiras: Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Após o parecer favorável pelo Comitê de Ética em Pesquisa, aconteceu a coleta de dados, no período de março de 2021 a abril de 2022, mediante a técnica de entrevista semiestruturada. E constituiram-se como participantes da pesquisa 139 enfermeiros atuantes no atendimento ao paciente com COVID-19 desses 10 hospitais universitários. As entrevistas foram realizadas em formato virtual pelo Google Meet, e de forma presencial, devido à situação da COVID-19 ainda delicada no momento das entrevistas, e essas foram agendadas em contato prévio com os participantes. Após, realizou-se a análise dos dados, com o apoio do Sofware webQDA, pela análise de conteúdo de Bardin e conduzida pelo referencial teórico metodológico adotado neste estudo, que foi o modelo de mudanças de oito etapas de John Kotter. Os resultados, portanto, foram oportunos de serem relacionados pela perspectiva do modelo de Kotter, revelando que os enfermeiros-líderes demonstraram determinação para mitigar o Senso de Urgência oriundo da COVID-19, em questões como: frente à provisão de recursos materiais, por exemplo, dos EPIs; processos seletivos para a contratação de profissionais de saúde; novos protocolos ou mudanças nos já existentes, entre outros. Diante de uma Coalização Administrativa, destacaram-se os elementos de confiança e respeito do enfermeiro e sua equipe de enfermagem. Os enfermeiros-líderes demonstraram criarem uma Visão e Estratégias inspiradoras de forma ágil, para contribuírem com a qualidade na assistência. A Comunicação foi um elemento que emergiu como fortalecedor para proporcionar confiança e um bom trabalho em equipe, de maneira clara e segura. O Empowerment também surgiu frente às capacitações que os enfermeiros-líderes realizaram, na busca por novos aprendizados acerca da COVID-19 e treinamento de sua equipe de enfermagem. As Conquistas a curto prazo se destacaram pela implementação das videochamadas, podendo aproximar o paciente de seus familiares. A Consolidação dos Ganhos e os Novos Métodos de Cultura foram evidenciados pelos aprendizados de novos conhecimentos diante do enfrentamento de uma pandemia. Conclui-se que pesquisas que abordem a liderança na enfermagem são essenciais para o desenvolvimento do enfermeiro-líder e, se essas abarcarem instrumentos que auxiliem este profissional no papel de liderança, serão valiosas para contribuírem com as melhorias na qualidade da assistência. Sugere-se a realização de novas pesquisas acerca da abordagem da liderança de enfermeiros, que possam sinalizar novas ferramentas para facilitar a sua prática como líderes e no processo de tomada de decisões, e, assim, sugere-se a aplicação do modelo de mudanças de oito etapas em organizações de saúde. |