Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
PASEK, PETR
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Orientador(a): |
ZOGHBI, DENISE MARIA OLIVEIRA |
Banca de defesa: |
ZOGHBI, DENISE MARIA OLIVEIRA,
OLIVEIRA, DANIELE DE,
YERRO, JORGE HERNAN,
SILVA, EDUARDO VIANA DA,
SILVA, GLAUCIA V. |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC)
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Departamento: |
Instituto de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37505
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Resumo: |
O autor, falante de tcheco, português e inglês, almejou entender as possíveis reconfigurações identitárias e os fatores que as influenciam. Por não identificar pesquisas entre falantes do tcheco e português, optou por realizá-la. Este estudo, vinculado ao campo da Linguística Aplicada pode melhorar as práticas pedagógicas, percebendo o ensino das línguas como práticas sociais e culturais. A pergunta central é: Quais são os principais fatores de reconfiguração identitária sociocultural ao falar uma língua não materna, neste caso o português brasileiro e o tcheco? O trabalho analisa as reconfigurações identitárias de tchecos e brasileiros. O pesquisador entrevistou, em ambas as línguas, nove brasileiros na República Tcheca e nove tchecos no Brasil, dos quais selecionou e posteriormente transcreveu, traduziu (de tcheco para português) e analisou cinco tchecos e cinco brasileiros na parte analítica, que mais possibilitam a percepção e documentam de forma inequívoca a reconfiguração das identidades dos sujeitos investigados. O capítulo teórico está dividido em três partes, que descrevem os conceitos de língua, cultura e identidade e as relações entre eles. É dada especial atenção à descrição das identidades (pessoais, nacionais, coletivas e plurais) e às suas reconfigurações, e são descritas as seguintes influências codeterminantes: motivação, translinguagem, emoções, era digital e autocensura, como foram levados em consideração antes da própria análise. A pesquisa está fundamentada em abordagens teóricas de diferentes autores de vários países (África do Sul, Alemanha, Austrália, Áustria, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, Espanha, EUA, França, Grã-Bretanha, Hong Kong, Itália, Irã, Israel, Polônia, República Tcheca, Sri Lanka entre outros) como: Černý (1998), Bauman (2005), Block (2009, 2017), Boroditsky (2003), Everett (2012, 2019), Grosjean (1980, 2001), Hall (2000, 2006), Kramsch (1998), Le Page (1980), Moita Lopes (1994, 1996, 2002, 2003, 2006), Norton (1997, 2000, 2002, 2008, 2010), Pinker (2003, 2018), Rajagopalan (1998, 2003, 2004, 2006), van Dijk (1999), entre outros. Trata-se de uma investigação qualitativa, interpretativa e interdisciplinar, cuja metodologia é descrita em detalhes no terceiro capítulo, incluindo a descrição do projeto piloto, que foi realizado antes do início da pesquisa. As concepções das identidades são investigadas na perspectiva da língua adquirida, buscando conclusões na dimensão dos perfis dos entrevistados. O capítulo de análise oferece uma visão muito detalhada de todo o tópico sob investigação. Explica alguns fatos essenciais sobre a própria análise, apresenta a situação linguística e socioeconômica dos países em questão e naturalmente traz os dados obtidos nas entrevistas analisadas, que apresenta, discute e resume. A análise incide principalmente sobre as emoções, a autocensura e a motivação como cofatores na reconfiguração da identidade, bem como descreve as fases e aspectos da adaptação em diferentes ambientes socioculturais. As questões 7, 9, 14 e 15, consideradas as principais a serem analisadas, são discutidas em subseções separadas. Em conclusão, a identidade sociocultural é expressa, corporificada e simbolizada pela língua em uma conexão indissociável com a cultura. Os fatores que entram nesse processo como codeterminantes, além dos descritos acima, são: oportunidade, necessidade, choque cultural, segurança, adaptação, assimilação, integração, papel social do indivíduo e frustração. |