A dinâmica do uso da terra e suas implicações ambientais: uma análise sobre o município de Aratuípe, Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Avelino, Edcassio Nivaldo
Orientador(a): Nascimento, Dária Maria Cardoso
Banca de defesa: Nascimento, Dária Maria Cardoso, Tomasoni, Marco Antonio, Silva, Ardemírio de Barros
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia, Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20145
Resumo: RESUMO A descaracterização ambiental causada pelas atividades de produção econômica reforçou a importância das pesquisas com caráter sistêmico, entre as quais se destaca o tema Uso da terra. Esta pesquisa centralizou sua análise na dinâmica de uso da terra em município pequeno, espaço afastado das áreas com maior fluxo populacional e produtivo, com um estudo de caso realizado no município de Aratuípe, Bahia. O objetivo foi mostrar que Aratuípe passou por processos gradativos de descaracterização ambiental de 1994 até 2010. A metodologia operacionalizou os conceitos de: uso da terra (ANDERSON et al, 1979; IBGE, 2006); Geografia Socioambiental (MENDONÇA, 2001); paisagem (AB’SÁBER, 2003; ROSS, 2006); sensoriamento remoto (FLORENZANO, 2005 & 2008; NOVO, 2010) e SIGs (SILVA, 2003; ROSA, 2005). Além disso, utilizou: as imagens de satélite do sistema Landsat 5, sensor TM, órbita 216, ponto 68, do ano de 1994, 2003 e 2010; a carta topográfica, em meio digital, das folhas Jaguaripe (IBGE, 1967) e Valença (SUDENE, 1977), com escala de 1:100.000; bem como as técnicas de sensoriamento remoto, entre as quais, a composição espectral colorida e o processamento digital de imagem de satélite. Os resultados permitiram a elaboração dos mapas de uso da terra dos anos de 1994, 2003 e 2010 com dois níveis de análise. O nível 1 foi formado pelas classes: terra construída; terra de pastagem e cultivos e terra florestal. O nível 2 correspondeu às seguintes classes: cidade; vila; carcinicultura; pastagem com lavouras agrícolas; manguezal; floresta secundária com palmeiras; e floresta ombrófila. No nível 1 de análise, a classe que mais variou foi terra de pastagem e cultivos, de 41% (1994) passou para 56 % (2003) e depois para 59% (2010). A classe que mais se reduziu foi terra florestal, de 58% (1994) passou para 42% (2003) e depois para 39% (2010). No nível 2 de análise, a classe que mais aumentou foi pastagem com cultivos agrícolas, de 41% (1994) passou para 56% (2003) e depois para 59% (2010). A classe que mais se reduziu foi a floresta ombrófila, de 48% (1994) passou para 33% (2003) e depois para 32% (2010). Diante do exposto, evidenciou-se que a poluição dos rios com esgotos, o aterramento de manguezal, a compactação dos solos, o armazenamento irregular do lixo e a erosão dos solos interferiram no quadro ecológico-paisagístico da área de estudo. Além disso, identificou-se que a comercialização de madeira em tora, a produção de lenha e carvão vegetal contribuíram para a supressão dos remanescentes de floresta ombrófila. Portanto, as constatações e os resultados desta pesquisa podem subsidiar ações direcionadas à gestão territorial no município de Aratuípe, Bahia.