Trançando as linhas de um território ─ tramas de uma Bahia imaginária na poesia de Myriam Fraga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Paz, Vilma Santos da lattes
Orientador(a): Telles, Lígia Guimarães
Banca de defesa: Telles, Lígia Guimarães, Magalhães, Carlos Augusto, Patrício, Rosana Ribeiro, Herrera, Antonia Torreão, Ornellas, Sandro Santos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Mar
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40650
Resumo: A tese Trançando as linhas de um território ─ Tramas de uma Bahia imaginária na poesia de Myriam Fraga se propõe a analisar e compreender a constituição de um território/corpo subjetivo particularizado nos versos da poeta baiana Myriam Fraga, que também se relaciona à sua terra natal. Estruturada em quatro capítulos, a tese tem como principal objeto de estudo o livro Poesia reunida, um recorte que abarca as seções “Sesmaria”, “Pescadores de Mar Grande”, “Marinhas”, “A ilha”, “O risco na pele” e “Femina”. O objetivo deste estudo foi refletir sobre o modo como a poesia de Fraga reconstrói e reinventa uma ideia de Bahia, um território imaginário erigido pelas relações dos sujeitos envolvidos nos poemas com os seus locais de pertença, e pela ligação dos sujeitos e dos locais com o mar. Esse território está tanto nos nomes dos lugares e das personagens históricas recriadas em versos quanto na descrição dos lugares e das personagens simples que habitam ou compõem esses locais, reescrevendo uma imagem de Bahia consagrada pela literatura e pela música, como um espaço tradicional e histórico: a cidade de Salvador e seu entorno. Foram investigadas, do mesmo modo, as relações dos sujeitos consigo próprios e com o mar e as ilhas, refletindo-se também sobre um território inscrito como um local insular, um construto de mar (sujeitos e locais): local ainda preso a uma ideia de Bahia praieira em versos. Assim, teríamos uma espécie de território constituído como um trajeto, uma relação pendular que vai do corpo dos sujeitos para os locais tocados em verso e para o mar, sendo que o mar parece desempenhar um importante papel na constituição desse território de terras, gentes e água. O mar infiltra e transforma todas as relações aí existentes.