Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Costa, Ines Teresa Lyra Gaspar da
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Orientador(a): |
Machado, Gustavo Bittencourt
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Banca de defesa: |
Balsadi, Otávio Valentim
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Oliveira, Fernando José Reis de,
Barreto, Maria Raidalva Nery,
Aragão, José Wellington Marinho de,
Machado, Gustavo Bittencourt |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
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Programa de Pós-Graduação: |
Outro
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Departamento: |
Outro(a)
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37273
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Resumo: |
O trabalho é um elemento central na vida do ser humano, é a sua condição de existência, revela seu modo de sobrevivência, o identifica como ser humano e o dignifica. Contudo, desde a implantação do modo de produção capitalista, o trabalho possui um significado abstrato e alienante (estranho) para reificar-se como meio de propiciar a reprodução do capital. No mundo rural, o modo de produção capitalista adentrou excluindo do mundo do trabalho o trabalhador que não acompanha as inovações e os avanços tecnológicos, sendo destituídos de suas pequenas propriedades e transformados em mão de obra assalariada casual, não residente. E é sobre a desocupação proveniente dos avanços do modo de produção capitalista no campo, em especial na Bahia, que trataremos nesta tese. A Bahia apresenta um território rural complexo, diversificado, no qual se verificam profundas diferenças de padrões de desenvolvimento capitalista, que estão atrelados ao progresso técnico/tecnológico adotado. Pretendeu-se comparar os padrões de crescimento econômico que surgiram em selecionados territórios de identidade baianos, de modo a responder à seguinte questão: qual o potencial de ocupação no meio rural baiano, tendo em vista as especificidades de padrões de desenvolvimento agrícolas que emergiram em territórios de identidade selecionados? Destarte, o objetivo geral desta pesquisa é compreender o potencial de ocupação no meio rural baiano, tendo em vista as especificidades de padrões de desenvolvimento agrícolas que emergiram em territórios de identidade selecionados. Duas hipóteses norteiam a pesquisa: i) o uso de tecnologia intensiva em capital provoca, ao mesmo tempo, num movimento contraditório do ponto de vista do desenvolvimento socioeconômico, crescimento, pelo aumento da produtividade e desocupação do homem do campo. ii) alternativas tecnológicas inclusivas (intensivas em mão de obra) podem mitigar o aumento da desocupação no campo. A metodologia para responder à questão de pesquisa está alicerçada na pesquisa bibliográfica, que busca sistematizar o estado da arte. Esse levantamento qualitativo foi validado com dados censitários (secundários), com o intuito de explicar ou ajudar na compreensão do fenômeno (desocupação rural) que emerge nos territórios baianos selecionados, tendo por base a discussão paradigmática do progresso técnico na agricultura brasileira. As conclusões revelam que quanto ao objeto de análise desta tese, a ocupação da mão de obra rural, os modelos de desenvolvimento adotados com base em paradigmas tecnológicos singulares parecem impactar de maneira diferente sobre os níveis de ocupação: mais desocupação no Oeste do estado que no Sertão do São Francisco, e menor índice de desocupação no Território Litoral Sul. Tal como o diagnóstico, as proposições para mitigar o fenômeno são singulares, diferentes. Entendemos, assim, que desenvolvendo uma análise comparativa sobre a diversidade de padrões de crescimento rural na Bahia e suas diferentes alternativas para a mitigação do fenômeno da desocupação em territórios de identidade da Bahia, trouxemos ineditismo a esta pesquisa. |