Cidades-sensuais: práticas sexuais desviantes x renovação do espaço urbano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lima, Eduardo Rocha
Orientador(a): Jacques, Paola Berenstein
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20824
Resumo: Este estudo tem a experiência de um caminhante por entre três cidades – Fortaleza, Rio de Janeiro e Paris – como base para a apreensão de conhecimento sobre o espaço vivido que se pretende crítico à espetacularização urbana contemporânea, vinculada à produção do espaço pelo turismo. No percurso traçado pelo caminhante, um conflito urbano é perseguido nas três cidades caminhadas: a apropriação de espaços investidos para o fluxo turístico por corpos que “furam”, pelo exercício de suas sexualidades desviantes, as barreiras sociais e espaciais impostas pela norma sexual dominante – heterossexual, monogâmica, reprodutora e burguesa – e pela reprodução capitalista do espaço, atrelada às estratégias da economia globalizada. As cidades lidas no/pelo corpo são aqui narradas com foco sobre a espacialidade produzida no momento presente da ação físico-sensorial – entendido como o instante da prática política e estética de sujeitos ordinários urbanos – dos corpos excluídos por uma certa razão urbanística que, vinculada ao capital privado, intenta reproduzir pelo mundo uma “idéia de cidade” socialmente seletiva, pois favorecedora da apropriação da cidade por interesses empresariais globalizados. Esta pesquisa apreende as ações astuciosas de corpos que a partir dos seus sexos “fora da Ordem” expõem materializada, enquanto sombra nos espaços intensamente iluminados por tal razão urbanística, a falência e a insustentabilidade da produção do espaço que, priorizando-o enquanto “mercadoria” à venda no mercado competitivo das cidades ditas “globais”, desvaloriza a história social – e, portanto, a história espacial – dos sujeitos que articulam a cotidianidade do espaço, elaborando nele o exercício de suas vidas