Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Melo, Marília Fernandes Soares de |
Orientador(a): |
Lauro Antonio, Porto |
Banca de defesa: |
Carvalho, Fernando Martins,
Gusmão, Maria Enoy Neves |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Medicina da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31709
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Resumo: |
Os trabalhadores que exercem atividades no setor da saúde estão expostos a riscos ocupacionais como biológico, físico, químico, condições antiergonômicas e de acidentes que podem trazer consequências para a saúde física e mental. Com o aumento da frequência de atendimentos complexos e invasivos no atendimento pré-hospitalar, os profissionais desse ramo tornam-se tão ou mais susceptíveis a acidentes que outros profissionais da saúde. O objetivo principal do trabalho foi explorar possíveis associações entre as condições de trabalho e saúde, perfil demográfico e socioeconômico e acidentes de trabalho de trabalho em profissionais da intervenção do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Salvador-BA. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo transversal de caráter exploratório com aplicação de questionário aos participantes da pesquisa. A variável dependente do estudo foi a ocorrência de acidentes de trabalho. A exploração de possíveis associações entre as variáveis estudadas e os acidentes de trabalho foi realizada com uso de análise de regressão logística separadamente por sexo. Resultados: Um total de 105 ocorrências de acidentes foi declarado, sendo 1 doença infectocontagiosa adquirida após contato com paciente, 6 acidentes de trajeto, 34 acidentes biológicos e 61 ocorrências de acidente por fator mecânico distribuídas em 29 acidentes de trânsito e 32 por diversas causas. Na análise por regressão logística do sexo feminino, para cada ano de trabalho no SAMU correspondeu um aumento de 12% na prevalência de acidentados, após controle dos outros fatores analisados, os quais se evidenciaram como fatores de proteção. Já no sexo masculino, os trabalhadores com pós-graduação apresentaram prevalência de acidentes do trabalho 3,6 vezes superior à dos demais; trabalhadores de motolância tiveram prevalência 2,8 maior que os outros; comparados com os trabalhadores de baixa exigência os restantes tiveram prevalência 2,9 maior; e trabalhadores com conflito entre colegas 1,5 vezes maior que os outros. A prática de atividade física e a existência de suporte entre colegas funcionaram como fatores de proteção para ambos os sexos. Conclusão: Os resultados mostram a importância do suporte social como fator primordial e até então não abordado em outros estudos da revisão de literatura apontada. Recomenda-se, diante dos relatos dos acidentes de trabalho, um enfoque maior no treinamento dos profissionais de intervenção quanto à atenção desprendida nos procedimentos, o bom relacionamento interpessoal na equipe e a razoabilidade na condução da ambulância, tendo em vista reduzir a quantidade de acidentes de trabalho. |