Vivências e enfrentamentos dos enfermeiros que atuam no atendimento pré-hospitalar móvel: um olhar sobre a organização do trabalho e a saúde desses profissionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Nascimento, Carla Catharine Chaves
Orientador(a): Porto, Lauro Antonio
Banca de defesa: Reis, Eduardo José Farias Borges dos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Medicina da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31393
Resumo: Trata-se de uma pesquisa de campo, exploratória, descritiva, com abordagem qualitativa, que visa compreender os aspectos da organização do trabalho dos enfermeiros que atuam no Atendimento Pré-Hospitalar (APH) móvel e a sua influência na saúde desses trabalhadores. A coleta de dados foi realizada através de questionário eletrônico, entrevista e observação assistemática. Participaram da pesquisa enfermeiros do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Salvador que trabalham em escala de plantão de 24 horas realizando atividades-fins da Instituição. Não participaram da pesquisa dois enfermeiros: um encontrava-se de licença médica e a outra de licença maternidade. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Medicina da Bahia e teve a anuência da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador e da gestão do SAMU desse município. O anonimato dos entrevistados foi preservado com uso de pseudônimos e os dados analisados à luz da teoria da análise do conteúdo. Os enfermeiros foram divididos em reguladores e intervencionistas diante das atividades distintas. O estudo permitiu traçar o perfil sociodemográfico, ocupacional e de saúde dos participantes da pesquisa. Com relação à organização do trabalho, os enfermeiros relataram sobrecarga, os reguladores, pelo acúmulo de atribuições e falta de respaldo legal para atuação e os intervencionistas, pela divisão de tarefas na equipe de forma não equitativa, problemas relacionados à Central de Regulação e infraestrutura. Foi realizado levantamento dos riscos ocupacionais pelos enfermeiros e sugeridas medidas de melhorias. A violência urbana foi descrita como risco ocupacional para o profissional do APH, com interferência na acessibilidade da população ao serviço em locais de conflito social. O enfermeiro foi reconhecido como profissional de maior risco ocupacional neste contexto, sendo sugeridas melhorias organizacionais no intuito de reduzir o sofrimento na execução da atividade laboral e, consequentemente, agravos a esse profissional.