Doença periodontal e fatores associados em usuários de serviços odontológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Siqueira, Daniele Veiga da Silva
Orientador(a): Figueiredo, Andreia Cristina Leal
Banca de defesa: Figueiredo, Andreia Cristina Leal, Chaves, Sônia Cristina Lima, Musse, Jamilly de Oliveira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Odontologia
Programa de Pós-Graduação: em Odontologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20787
Resumo: Considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das principais doenças de risco para a saúde oral, a doença periodontal apresenta diversos estágios com diferentes manifestações clínicas e distintos padrões de evolução. Dessa maneira, identificar fatores de risco para essa infecção bucal é relevante para o campo da saúde pública, com vistas a obter subsídios para elaboração de políticas e ações de promoção e controle, viabilizando os cuidados integrais desses indivíduos. O objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência da doença periodontal e fatores sócio econômicos demográficos, hábitos de higiene oral e deletérios e utilização de serviços na atenção básica e secundária em indivíduos usuários de serviços odontológicos em um município coberto pela estratégia de saúde da família. Trata-se de um estudo transversal no qual foi realizado através de dois questionários que continham questões sobre os aspectos socioeconômicos, hábitos, condições de saúde, hábitos de higiene bucal e o tipo de tratamento realizado. Foi realizado o exame completo para a condição da doença periodontal. Os dados foram processados no programa SPSS versão 13.0 e foi utilizado o teste estatístico Quiquadrado de Pearson, observando o intervalo de confiança de 95%, valor de p<0,05. Foram examinados 407 indivíduos do município de São Sebastião do Passé, na Bahia. Os resultados mostraram que a predominância foi de mulheres com idade média de 35,7 anos (DP= 14,068), 45,1% (n=161) e 53% (n= 89) não realizaram sequer um procedimento na atenção primária e secundária respectivamente e a prevalência da doença periodontal nos usuários dos serviços odontológicos foi de 38,8% para a gengivite e 16,5% para a periodontite. Houve associação entre aqueles que faziam uso do fumo (OR=1,85; IC=1,06-3,21) e presença de gengivite e para a periodontite essa associação foi verificada entre aqueles eram moradores da zona rural (OR=1,0; IC=0,19-0,57) e que possuíam menor renda (OR= 0,48; IC= 0,28-0,82). Constatou-se que os serviços de saúde bucal não são resolutivos em relação aos problemas periodontais, tanto na atenção básica como na secundária com a realização de poucos procedimentos de promoção de saúde, curativos e preventivos, de baixa resolutividade e impactando de forma negativa a vida desses usuários.