Terapia fotodinâmica antimicrobiana (aPDT) com curcumina controla infecção intradérmica por Staphylococcus aureus resistente a meticilina em camundongos com Diabetes tipo 1

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Muniz, Igor Pereira Ribeiro lattes
Orientador(a): Silva, Robson Amaro Augusto da lattes
Banca de defesa: Silva, Robson Amaro Augusto da lattes, Gusmão, Amélia Cristina M. de Magalhães lattes, Soares, Telma de Jesus lattes, Rosa, Luciano Pereira lattes, Santos, Denisar Palmito dos lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas (PMPGCF) 
Departamento: Instituto Multidisciplinar em Saúde (IMS)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37318
Resumo: O Diabetes Mellitus tipo 1 (DMT1) é uma doença crônica não transmissível na qual a insulina é produzida insuficientemente devido a destruição das células β no pâncreas. Mudanças geradas no funcionamento de sistemas, como o sistema imunológico, por esta condição aumenta o risco de infecções por estes indivíduos. Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) é um dos principais patógenos causadores de infecções neste grupo. Este trabalho teve como objetivo investigar os efeitos da aplicação da terapia fotodinâmica (PDT), utilizando a curcumina como fotossensibilizante (FS), no tratamento de infecção intradérmica em camundongos com DMT1. Camundongos C57bl/6, foram pesados e, em jejum, tiveram a glicemia mensurada. O DMT1 foi induzido pela injeção intraperitoneal de uma dose única de estreptozotocina (STZ) (180 mg/kg). Cinco dias após a administração da STZ a glicemia dos animais foi mensurada para confirmar o estabelecimento do DMT1. Quinze dias após a indução do DMT1, os animais foram pesados e então infectados por MRSA (ATCC 43300) pela via intradérmica na orelha esquerda. Para a infecção, foi quantificada a concentração de 1,5 x 107 UFC da cepa MRSA ATCC 4330. Vinte e quatro horas após a infecção, os animais foram separados em 3 grupos. Uma solução contendo 100 μg de curcumina foi fotoativada ex vivo com o emprego de luz de LED (450 nm) obtendo uma fluência de 13.5 J/cm2. Após a fotoativação, a solução foi inoculada no sítio onde foi realizada a infecção nos animais, consistindo no grupo experimental. Os tratamentos controles consistiram na aplicação da curcumina não-fotoativado ou salina estéril. A eutanásia dos animais foi realizada 24 h após os tratamentos e a orelha esquerda e o linfonodo retromaxilar esquerdo foram cirurgicamente coletados. O linfonodo foi macerado em salina para análise da carga bacteriana, dosagem de citocinas por ELISA, dosagem de nitritos e nitratos e contagem de células. A orelha foi utilizada para a confecção de lâminas que foram coradas por H&E ou marcadas com anticorpos anti-mieloperoxidase (MPO) por imuno-histoquímica. As lâminas foram fotomicrografadas e contagens de células e análises de expressão de MPO no tecido foram realizadas. O grupo PDT apresentou menor carga bacteriana no linfonodo quando comparado aos controles (p-valor <0,05). Além da menor carga bacteriana, o grupo PDT também apresentou altos teores de nitratos e nitritos no linfonodo quando comparado aos controles (p-valor < 0,001). O recrutamento celular para a orelha apresentou-se similar entre o grupo PDT comparado aos controles, entretanto, a expressão da MPO no grupo PDT foi menos intensa comparada ao grupo salina (p-valor< 0,001). Quando analisada a produção de citocinas, o grupo PDT apresentou menores concentrações de IL-1, IL-12 e IL-10 (p-valor <0,01; p-valor <0,05; p-valor < 0,05, respectivamente), quando comparado ao grupo salina. Este estudo mostra, pela primeira vez, o potencial terapêutico da PDT usando curcumina no tratamento de uma infecção intradérmica causada por S. aureus em camundongos com DMT1.