Elementos intervencionistas ao processo de ensino-aprendizagem para melhoria da qualidade dos cursos de engenharia de controle e automação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Nascimento, Rosana de Almeida
Orientador(a): Martins, Márcio André Fernandes
Banca de defesa: Silva Júnior, Milton Ferreira da, Kalid, Ricardo de Araújo, Martins, Márcio André Fernandes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola Politécnica
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Engenharia Industrial
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34234
Resumo: Este trabalho busca avaliar quesitos relacionados ao processo de ensino-aprendizagem para melhoria da qualidade no ensino de engenharia de controle e automação. Inicialmente são analisados os resultados do ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) para os cursos de engenharia de controle e automação do Brasil, a fim de identificar deficiências sistêmicas nos cursos que possam indicar direções para o trabalho de melhoria. Essa vertente da engenharia foi escolhida em virtude do cenário recente de integração de tecnologias habilitadoras nas linhas de produção de processos contínuos e discretos, o chamado advento Indústria 4.0. As análises estatísticas dos dados revelaram que não há diferença no desempenho dos cursos do Brasil, mesmo aqueles intitulados de excelência pelo conceito 5 obtido no exame. Além disso, os resultados sugerem deficiências como a dissociação entre teoria e prática, lacunas de aprendizagem no ciclo básico e a dificuldade de abordar os conteúdos técnicos no contexto social e da engenharia. De onde conclui-se que a utilização das chamadas metodologias ativascooperativas se apresenta como uma solução em potencial para as carências apontadas. Para entender melhor sobre a utilização dessas metodologias, é feito um levantamento bibliográfico de trabalhos que abordam desafios e limitações da sua utilização, a partir dos quais são construídos argumentos a favor da adoção de uma abordagem mista nos cursos, considerando desde o modelo mais clássico até os métodos pedagógicos que legam maior autonomia ao aluno em seu processo de aprendizagem. Esses argumentos são construídos a partir de elementos como a estrutura cognitiva humana, os objetivos educacionais e os estilos de aprendizagem, e trazem reflexões quanto à rigidez na escolha das abordagens em sala. Com a identificação de uma proposta de reforma do ensino na engenharia usando estratégias mistas, a última parte do trabalho chama a atenção para elementos coadjuvantes a essas estratégias utilizadas em sala, componentes da matriz complexa envolvida no processo de ensinoaprendizagem. A cultura organizacional, o currículo do curso, a afiliação do estudante, a capacitação do professor e os programas de avaliação são explorados de modo a trazer o contexto de cada um desses tópicos na engenharia, e por fim ações são propostas para os cursos de controle e automação.