Afrociborgue: performances negro- diaspóricas e próteses digitais do hip hop brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Góes, JancleideTexeira
Orientador(a): Santos, José Henrique de Feitas
Banca de defesa: Souza, Ana Lúcia Silva, França, Denise Carrascosa da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26691
Resumo: Emaranhado de fios, cabos e mais cabos. Plugues que saem do lado direito para o lado esquerdo, do estabilizador para o monitor, todos em direções desordenadas que fazem reluzir na tela, a internet. Olhar atrás de uma mesa de computador em meados da década de 1990 é constatar o caos causado por fios e conectores que geravam a inserção do internauta nas redes virtuais. É nesse lugar de cotidiano que este trabalho apresenta o conceito de afrociborgue enquanto performances negro-diaspóricas e próteses digitais do hip hop brasileiro. Evidenciar como mulheres do hip-hop fazem das tecnologias um jogo para trazer à tona seus raps à cena nacional, desde estratégias usadas para tornarem-se enunciadoras de letras e performances que trazem consigo interseccionalide de gênero e raça, imbricados num trabalho artístico-político. O conceito afrocibogue, para além das evidências do termo, trata-se de uma complexa compreensão do trabalho artístico produzido por rappers negras que não se dividem em arte e ativismo, mas fazem do corpo um lugar híbrido e interseccional entre os debates, os conceitos e os modos de operações das identidades. Esse debate terá como instigadores teóricos: Haraway ([1991] 2009); Weiner ([1950]1954); Santaella (2003) para pensar o contexto da cibernética nos estudos sociais. Alondra Nelson (2002); Kodwo Eshun (2003); Ron Eglash (1999; [1995] 2006); Kalí Tal (2002); Erik Davis (2006) para as questões do sujeito negro com o futuro e como as novas tecnologias colocam em desvanecimento as tensões nunca superadas de gênero e raça; Hall (2003); Gilroy ([2001] 2012); Fanon (2008) Guerreiro (2010) que despontam nas questões da negra-diáspora. Rose (1994) Saunders (2015); Miranda (2014); Lopes (2012); Pimentel (1999) para ilustrar o contexto do hip-hop tanto no Brasil como nos Estados Unidos. Trata-se, pois, de um debate que se inicia ) *** Você já sabe que pode, mediante exercícios diários e condições especiais, tornar-se mais humano? (Um ano entre os humanos, 2010, Ricardo Aleixo) RESUMO Emaranhado de fios, cabos e mais cabos. Plugues que saem do lado direito para o lado esquerdo, do estabilizador para o monitor, todos em direções desordenadas que fazem reluzir na tela, a internet. Olhar atrás de uma mesa de computador em meados da década de 1990 é constatar o caos causado por fios e conectores que geravam a inserção do internauta nas redes virtuais. É nesse lugar de cotidiano que este trabalho apresenta o conceito de afrociborgue enquanto performances negro-diaspóricas e próteses digitais do hip hop brasileiro. Evidenciar como mulheres do hip-hop fazem das tecnologias um jogo para trazer à tona seus raps à cena nacional, desde estratégias usadas para tornarem-se enunciadoras de letras e performances que trazem consigo interseccionalide de gênero e raça, imbricados num trabalho artístico-político. O conceito afrocibogue, para além das evidências do termo, trata-se de uma complexa compreensão do trabalho artístico produzido por rappers negras que não se dividem em arte e ativismo, mas fazem do corpo um lugar híbrido e interseccional entre os debates, os conceitos e os modos de operações das identidades. Esse debate terá como instigadores teóricos: Haraway ([1991] 2009); Weiner ([1950]1954); Santaella (2003) para pensar o contexto da cibernética nos estudos sociais. Alondra Nelson (2002); Kodwo Eshun (2003); Ron Eglash (1999; [1995] 2006); Kalí Tal (2002); Erik Davis (2006) para as questões do sujeito negro com o futuro e como as novas tecnologias colocam em desvanecimento as tensões nunca superadas de gênero e raça; Hall (2003); Gilroy ([2001] 2012); Fanon (2008) Guerreiro (2010) que despontam nas questões da negra-diáspora. Rose (1994) Saunders (2015); Miranda (2014); Lopes (2012); Pimentel (1999) para ilustrar o contexto do hip-hop tanto no Brasil como nos Estados Unidos. Trata-se, pois, de um debate que se inicia nessa dissertação para mapear as relações tecno-informacionais que a cultura negra-diaspórica emprega em suas conexões culturais de uma globalização existente há séculos de história. A criação está em comunhão com os mais diversos processos de ancestralidade (Oliveira, 2007) que o enunciador dessa diáspora faz dialogar, sempre num jogo de sobrevivência e reexistência (Santos, 2012).