"O círculo das diferenças iguais": possibilidades das interações na educação inclusiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Matos, Adrielle Santos de
Orientador(a): Bordas, Miguel Angel García
Banca de defesa: Pimentel, Susana Couto, Galvão, Nelma de Cássia Silva Sandes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16814
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar situações de interação estabelecida entre aluno com necessidades educacionais especiais e seus pares e não-pares no contexto de uma escola regular de Salvador/BA. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório e explicativo, tendo como procedimento o estudo de caso. Os objetivos específicos foram: 1) discutir as questões teóricas e as implicações práticas das interações para o desenvolvimento humano; 2) contextualizar as discussões atuais em Educação Inclusiva e; 3) relacionar as interações que o aluno com necessidades educacionais especiais estabelece no seu contexto escolar com suas zonas de desenvolvimento. A partir disto, buscou responder a seguinte questão: como as interações entre aluno com necessidades educacionais especiais e seus pares e não-pares podem influenciar nas zonas de desenvolvimento proximal deste discente no contexto de uma escola regular? Os capítulos teóricos desta pesquisa foram organizados da seguinte forma: o primeiro capítulo trata das pesquisas sobre o tema das interações e traz algumas das perspectivas teóricas mais influentes sobre a questão, com autores como Vygotsky, Wallon, Pichon-Rivière. O segundo capítulo contextualiza as discussões da Educação Inclusiva a partir de pesquisas e reflexões realizadas por estudiosos do tema, incluindo como este tópico se encontra na legislação nacional. Foram analisadas situações descritas nos relatórios e no diário de campo produzido pela autora em 2011, durante a realização de acompanhamento terapêutico escolar. Para a análise destas informações, a perspectiva microgenética foi adotada. As informações obtidas foram relacionadas com o suporte teórico da pesquisa, visando produzir um conhecimento que pudesse ter relevância científica e social. Concluiu-se que o educador precisa ir buscando vetores de sinalização do desenvolvimento, indicados pela própria criança, para ir, progressivamente, criando zonas de desenvolvimento proximal e, desta forma, impulsionar o desenvolvimento do aluno. Destaca-se que a criança é a bússola para as ações que serão implementadas na escola, de forma que o educador deve “ler” os sinais e indicações que ela vai fornecendo durante sua trajetória acadêmica.