Diálogo entre o pluralismo epistemológico e o multiculturalismo crítico na formação inicial de professores/as de Biologia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rosa, Isabela Santos Correia
Orientador(a): Almeida, Rosiléia Oliveira de
Banca de defesa: Pinheiro, Bárbara Carine Soares, Sepúlveda, Cláudia de Alencar Serra, Ivenicki, Ana, Andrade, Mariana Aparecida Bologna Soares de, Van Dijk, Teun Adrianus, Almeida, Rosiléia Oliveira de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia.
Programa de Pós-Graduação: em Ensino, Filosofia e História das Ciências
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31478
Resumo: Argumentamos neste trabalho que experiências pautadas no Pluralismo Epistemológico (PE) e no Multiculturalismo Crítico (MC), durante a formação inicial de professores/as, poderão contribuir para que eles/as desenvolvam propostas visando à desconstrução de preconceitos e superação de desigualdades. Assim, o texto é composto por três estudos: o primeiro e o segundo são modalidades bibliográficas, correspondendo a um ensaio teórico e a uma revisão sistemática da literatura, respectivamente, e o terceiro representa um estudo empírico. O estudo um tem como objetivo problematizar a possibilidade de uma nova posição epistemológica sobre demarcação de conhecimentos, a partir das discussões frente às convergências e divergências entre o universalismo, o PE e o MC, a fim de compreender como essas perspectivas teóricas poderiam ser acionadas pelos/as professores/as para subsidiar diferentes práticas pedagógicas. O estudo dois objetiva analisar formas de abordar o conteúdo de Genética para suscitar uma prática condizente com o PE e o MC, por meio de uma revisão das experiências didáticas relatadas na literatura especializada. O estudo três apresenta como objetivo geral compreender como professores/as de Biologia em formação inicial integram os discursos do PE e do MC no seu repertório profissional, no contexto de uma disciplina de ensino de Genética. Este último caracteriza-se como uma pesquisa explanatória de natureza quali-quantitativa, desenvolvida na perspectiva do interacionismo simbólico, com a inserção de elementos da teoria crítica. O estudo empírico foi realizado com licenciandos/as em Biologia, da Universidade Federal de Sergipe, na forma de uma disciplina optativa de 60 horas, ministrada pela pesquisadora, a qual foi organizada na perspectiva do PE, ao abordar as diferentes formas de conhecimentos, bem como na perspectiva do MC, ao discutir as relações de poder construídas em torno da diversidade de grupos socioculturais. Como procedimentos para produção de dados foram utilizados documentos produzidos pelos/as licenciandos/as, observações e entrevista individual, os dois últimos com registro em áudio e/ou vídeo. A análise dos dados foi conduzida tendo por referência à teoria sociocognitiva do discurso proposta por Van Dijk. Concluímos que o conhecimento, que não foi apreendido pela experiência, é construído por meio do discurso. Assim, uma formação comprometida com a diversidade cultural e com a desconstrução de preconceitos e a superação de desigualdades é fundamental para que os/as professores/as pensem em práticas dessa natureza na prática docente.