Interações sociais envolvendo crianças com transtorno do espectro do autismo em classes comuns: o olhar de seus professores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Guimarães, Arlete de Brito
Orientador(a): Pimentel, Susana Couto
Banca de defesa: Díaz-Rodríguez, Félix Marcial, Galvão, Nelma de Cássia Silva Sandes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22236
Resumo: Esta pesquisa objetiva analisar o sentido dado pelos professores acerca das interações sociais de alunos com TEA e seus pares em sala comum. Nessa perspectiva, a questão norteadora desta investigação foi: Qual a percepção dos professores acerca das interações sociais entre alunos com TEA e seus pares em sala regular? Dessa questão derivam outras questões secundárias: Que recursos facilitam as interações dos estudantes com TEA? Como os professores percebem e promovem as interações sociais de alunos com TEA e seus pares em sala de aula regular? Temos por pressuposto que a inclusão das crianças com TEA é construída também a partir das interação sociais estabelecidas em sala de aula, o que reflete no desenvolvimento escolar desses alunos. A metodologia utilizada nesta pesquisa pautou-se numa abordagem qualitativa, com um enfoque fenomenológico, buscando estudar o fenômeno através da realidade percebida pelos professores que possuem estudantes com TEA em classe comum. Os dados para análise e discussão foram levantados em campo via a realização de entrevistas semiestruturadas com os professores do município baiano de Amargosa, cidade onde a pesquisadora viveu e onde existe um campus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Formação de Professores, que destaca a cidade como local de formação inicial e continuada de professores. Os dados levantados foram discutidos a partir da análise de conteúdo e os resultados da pesquisa apontam que os professores consideram relevantes as interações sociais entre os alunos com TEA e seus pares em sala comum, pois percebem reciprocidade por parte dos alunos com TEA, embora essa se dê de modo mais efetivo quando a comunicação verbal está assegurada. Nesses casos, os professores afirmam haver resultados positivo das interações sociais na vida escolar dos alunos com TEA. Dentre as maiores dificuldades para o estabelecimento das interações sociais foram citadas: o comprometimento na linguagem verbal e a ausência do acompanhante especializado. Por fim, os professores descreveram algumas estratégias utilizadas para promoção das interações sociais dos alunos com TEA que vão desde a estimulação para comunicação, através do uso de imagens e quadros de rotina, até o uso de jogos, desenhos e outros recursos que favorecem essa interação. Desse modo, os professores se mostraram reflexivos e atentos às possibilidades de potencializar a inclusão de alunos com TEA na escola comum.