Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Mazza, Pedro Henrique Soares
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Orientador(a): |
Oliveira, Ronaldo Lopes |
Banca de defesa: |
Oliveira, Ronaldo Lopes,
Silva, Thadeu Mariniello,
Garcez Neto, Américo Froes,
Luz Jaeger, Soraya Maria Palma,
Pereira, Elzania Sales |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPGZOO)
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Departamento: |
Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40563
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Resumo: |
Este estudo caracterizou e definiu a proporção ótima de gordura vegetal low-trans (LTVF) e ureia que possibilita a proteção da ureia para liberação lenta no rúmen, avaliando as propriedades físico-químicas do material e o efeito da inclusão de níveis da melhor proporção em comparação à ureia convencional em dietas para ovinos. No primeiro experimento, foram utilizadas três proporções de LTVF de 30:70 (SRU30), 40:60 (SRU40) e 50:50 (SRU50). Todas as formulações apresentaram rendimentos de microencapsulação acima de 80%, porém a proporção SRU40 apresentou maior eficiência de microencapsulação (85,5%), retendo o maior percentual de ureia com 115% de proteína bruta (PB) e maior estabilidade térmica (P < 0,05). No segundo experimento, o SRU40, denominado apenas SRU, foi incluído nas dietas dos cordeiros, avaliando-se cinco tratamentos: um tratamento controle com 0,5% de ureia livre (U0,5) na MS e quatro tratamentos com níveis de SRU40 adicionados nas dietas nas proporções de 1,25% (SRU1,25), 2,0% (SRU2) e 3,0% (SRU3) da MS total da dieta. Para avaliar o metabolismo do N, 24 cordeiros Santa Inês não castrados, com idade média de seis meses e peso corporal médio de 16 ± 2,2 kg, foram distribuídos em delineamento de blocos casualizados com dois blocos, quatro tratamentos e seis repetições. Para avaliar os parâmetros ruminais, quatro ovinos Santa Inês com aproximadamente 40 ± 0,5 kg de peso corporal, fistulados e canulados no rúmen, foram distribuídos em um quadrado latino duplo 4 × 4. As diferentes formas de ureia oferecidas (livre e protegida) e os níveis de inclusão de SRU não alteraram a ingestão de MS e N. SRU reduziu linearmente (P < 0,05) a excreção urinária de N, impactando no aumento linear da retenção de N e proteína microbiana. A inclusão de SRU reduziu linearmente (P < 0,05) o pH do rúmen em 1 h, 4 h e 6 h após a alimentação, mas não em 2 h (P = 0,25) após a alimentação. A inclusão de SRU aumentou linearmente a concentração de BUN e tendeu a aumentar linearmente a concentração de proteínas totais e AST (P < 0,05). SRU1.25 promoveu menor concentração de BUN (P < 0,05) em comparação com U0.5, e as dietas SRU1.25 tenderam (P = 0,059) a ter menor magnésio sérico em ovelhas em comparação com U0.5. O BUN nos cordeiros diminuiu linearmente em relação ao tempo de oferta e aos tratamentos, com as maiores concentrações de BUN para U0,5 em 0, 4 e 6 h após a alimentação (P < 0,05). As dietas SRU promoveram pico de BUN após 2 h de alimentação, com a mesma concentração comparada a U0,5 (P = 0,117). O pH do rúmen diminuiu linearmente 1 h após a alimentação, bem como 415 h e 6 h (P < 0,05), no entanto, não variou em 2 h (P = 0,246). Houve aumento linear em 1, 2, 4 e 6 h após a primeira hora pós-alimentação (P < 0,05). A gordura vegetal low-trans foi eficiente em encapsular a ureia, especialmente a formulação na proporção de 40% de ureia e 60% de gordura vegetal (SRU40). O SRU40 é recomendado em dietas para ovinos com até 3% como MS, substituindo o farelo de soja, pois melhora o metabolismo do N dos animais. |