“O mundo está as avessas”: relações, tensões e enfrentamentos religiosos nos folhetos de Leandro Gomes de Barros – Recife (1900-1920)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Silva, Edivania Alexandre da
Orientador(a): Couto, Edilece Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós- Graduação em História da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11254
Resumo: Os folhetos populares começaram a ser impressos e divulgados no final do século XIX, tornando-se suporte de relações sociais e uma importante mídia de comunicação difundida pelo Nordeste brasileiro. Através de suas narrativas, é possível desvelar tensões culturais advindas de diferentes sujeitos que, originários de tradições orais, não letradas, manifestavam e registravam posições, valores, enfrentamentos e tradições através das poesias ali presentes. Nesse trabalho, examinamos o processo de formação e difusão de práticas culturais religiosas católicas, nas duas primeiras décadas do século XX, na cidade do Recife, principalmente a partir dos enfrentamentos empreendidos pelo poeta paraibano Leandro Gomes de Barros, um dos maiores autores da literatura de folhetos nordestina, possivelmente o primeiro a unir o advento das gráficas à impressão de narrativas. Ele é, sem sombra de dúvidas, sujeito de importância ímpar para o presente trabalho, pois, a partir de sua produção, retiramos materiais essenciais para entender aspectos da cidade e religiosidade ali presentes. A partir dos posicionamentos contundentes e incisivos desse poeta, partimos para outras fontes e desvelamos tradições, relações e tensões estabelecidas entre sujeitos de diferentes posições sociais, dando a ver aspectos da produção de um segmento da população muitas vezes excluído e invisibilizado pela historiografia.