Caminhos e descaminhos do ensino do espanhol no Brasil: um olhar crítico-reflexivo sobre a Base Nacional Comum Curricular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Bonfim, Ketiniely Santos Silva lattes
Orientador(a): Fernandes, Márcia Paraquett lattes
Banca de defesa: Souza e Souza, Liz Sandra lattes, Silva, Antonio Messias Nogueira da lattes, Fernandes, Marcia Paraquett
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40649
Resumo: Este trabalho insere-se na área da Linguística Aplicada e tem interesse nos estudos sobre ensino-aprendizagem de línguas-culturas. Tem como objetivo principal analisar criticamente a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), após a sua homologação em 2018, no que diz respeito ao ensino de línguas-culturas nas escolas, especificamente o Espanhol. Esse documento influenciou, de alguma forma, o novo cenário do ensino da Língua Espanhola no Brasil, pois a inserção da disciplina nos currículos das escolas deixou de ser obrigatória, e a Língua Inglesa passou a ser, novamente, a única ofertada nas etapas do Ensino Fundamental (anos finais) e Ensino Médio. Dessa forma, se faz necessário realizar uma análise crítico reflexiva sobre a BNCC/2018 nesse aspecto, observando se o proposto no documento condiz com políticas linguísticas que prevejam uma Educação de base intercultural. A seleção da Base justifica-se pela sua relevância e amplitude nacional, visto que esta passa a ser o principal documento orientador das escolas para a elaboração de seus currículos. Em relação ao arcabouço teórico, o estudo parte das discussões sobre línguas-culturas, políticas linguísticas, ensino de Espanhol, BNCC e pedagogia decolonial, que dialogam com Calvet (2007), Walsh (2009, 2010), Rodrigues (2010), Candau (2012), Mendes (2015), Oliveira (2016), Carvalho (2014), Nogueira (2020) e Santana (2021), dentre outros autores. Metodologicamente, esta pesquisa é de natureza qualitativa interpretativa e documental, se caracterizando, ainda, como um complemento da pesquisa bibliográfica. Como principais resultados, constatou-se que a escolha de uma língua sempre foi afetada por questões políticas, econômicas e sociais, não havendo neutralidade na sua preferência. Assim, são muitos os desafios para a democratização do ensino de línguas-culturas nas escolas do país, uma vez que vários caminhos e descaminhos foram percorridos pelo Espanhol em solo brasileiro ao longo da história. Além disso, se detectou que os apagamentos na BNCC são intencionais para inviabilizar outras línguas, e que, tanto professores(as) de línguas quanto pesquisadores(as) da área da Linguística Aplicada, devem pleitear por políticas públicas, políticas linguísticas e discutir o estatuto de línguas. Por fim, não faz sentido ter sete países hispanofalantes fronteiriços com o Brasil e os(as) estudantes terem acesso apenas à Língua Inglesa na escola.