Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Lima, Jéssica da Mata
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Orientador(a): |
Diniz, Alisson Duarte
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Banca de defesa: |
Diniz, Alisson Duarte
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Montes, Célia Regina
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Bueno, Guilherme Taitson
,
Nunes, Fábio Carvalho
,
Guimarães, Junia Kacenelenbogen
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO)
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40862
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Resumo: |
Os Tabuleiros Costeiros do Litoral Norte do Estado da Bahia possuem, predominantemente, formações superficiais arenosas, entre elas, coberturas pedológicas desenvolvidas sobre depósitos arenosos e solos que passaram pelo processo de podzolização. Assim, essas superfícies são caracterizadas por solos frágeis e muito vulneráveis à degradação, intensificada pela especulação imobiliária associada ao turismo na região. Tal fragilidade reflete uma dinâmica geomorfológica marcada por processos de dissecação, erosão e deposição de materiais arenosos. Pesquisas realizadas nos Tabuleiros Costeiros indicam que a formação dos solos arenosos e podzolizados, com baixa fertilidade e alta suscetibilidade à erosão, como os Espodossolos, ocorre em decorrência da transformação de solos lateríticos a partir da podzolização. Entretanto, em algumas áreas, a podzolização pode ter ocorrido em formações superficiais arenosas de origem alóctone, como os depósitos eólicos e fluviais. Além disso, a dissecação dos Tabuleiros Costeiros tem contribuído para a erosão das superfícies arenosas e podzolizadas, expondo camadas do Grupo Barreiras, que dão origem a solos igualmente frágeis, como os Cambissolos. Diante desse contexto, esta pesquisa teve como objetivo analisar a gênese de solos arenosos e podzolizados e compreender a evolução do relevo em área de Tabuleiros Costeiros Dissecados no Litoral Norte do Estado da Bahia. A partir da análise dos dados morfológicos, físicos, químicos, mineralógicos, morfométricos e morfoscópicos de amostras descritas e coletadas em diferentes unidades geoambientais e em topossequência, foi proposto um modelo evolutivo da paisagem. Este modelo sugere um sistema de transformação Neossolo Quartzarênico-Espodossolo-Cambissolo, influenciado pela presença de uma duricrosta, que se constitui em uma das fácies cimentadas do Barreiras. Assim, processos pedogenéticos foram desencadeados a partir da formação de áreas abaciadas nas interseções de falhas, que favoreceram a convergência de fluxos e a podzolização. Esse processo possibilitou a formação de Espodossolos, facilitada pelos sedimentos arenosos depositados por dinâmica fluvial pretérita sobre a duricrosta. Posteriormente, a incisão dessas depressões e formação dos canais de drenagem permitiram a formação da vertente sob análise e a exposição de uma segunda fácies do Barreiras no compartimento de jusante, dando origem a um Cambissolo. Assim, os estudos realizados demonstraram a importância dessas áreas para a compreensão do processo de podzolização e formação de formações superficiais arenosas nas paisagens tropicais úmidas. |