Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Renata do Carmo |
Orientador(a): |
Mota, Eduardo Luiz Andrade |
Banca de defesa: |
Daltro, Gildásio de Cerqueira,
Mota, Clarice dos Santos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Saúde Coletiva
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33984
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Resumo: |
A terapêutica transfusional com concentrado de hemácias é uma prática comum no tratamento e prevenção de complicações da doença falciforme. Embora possam contribuir para a redução da morbidade e melhoria da qualidade de vida desses pacientes, existem riscos associados a essa terapêutica, entre outras categorias, a aloimunização eritrocitária, condição que limita a disponibilidade de concentrado de hemácias compatíveis para futuras transfusões, além de ser risco para hemólise tardia e quadros graves de hiper-hemólise. Assim, a prevenção da aloimunização eritrocitária é essencial para garantir maior eficácia e segurança transfusional para esses pacientes. O presente trabalho teve como objetivo investigar a ocorrência da aloimunização eritrocitária no contexto das práticas de cuidado aos indivíduos portadores de doença falciforme, menores de dezoito anos acompanhados no ambulatório da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (HEMOBA). Foi desenvolvido um estudo epidemiológico, de corte transversal e abordagem quantitativa. Uma análise retrospectiva foi feita nos prontuários dos 221 pacientes com diagnóstico de doença falciforme, menores de dezoito anos que estavam registrados no livro de transfusão da unidade no ano de 2013. A análise dos dados foi efetuada utilizando métodos descritivos e analíticos. Foi aplicada a distribuição de frequências absolutas e percentuais e representação em gráficos e tabelas. A frequência de aloimunização eritrocitária encontrada neste estudo foi de 20,4%, havendo prevalência de aloanticorpos pertencentes ao sistema Rh (37,5%), seguido pelo sistema MSN (7,8%) e Kell (6,2%). A análise estatística demostrou que a frequência de aloimunização não foi influenciada pelo sexo, faixa etária, cor da pele, genótipo e indicação transfusional. A relação entre o número de transfusões e a ocorrência de aloimunização teve relevância estatisticamente significativa, revelando uma maior frequência de aloimunização entre pacientes que fizeram uso de mais de dez transfusões. Observou-se que fatores relacionados às práticas de cuidado também interferem no processo de aloimunização destes pacientes, como: não realização ou realização tardia do exame de imunofenotipagem eritrocitária, uso de hemocomponentes não-fenotipados quando assistidos em unidades hospitalares e disponibilidade limitada de hemocomponente fenotipado. Enfim, no presente estudo foi identificado uma frequência de aloimunização significante, com maior prevalência em pacientes que fizeram uso de mais dez concentrados de hemácias. Visando prevenção de novos casos de aloimunização recomenda-se mudanças relacionados as práticas de cuidados no processo transfusional, já que estas expõem os pacientes a um maior risco de aloimunizar. |