Aplicações do Método de Rietveld na petrografia de rochas kimberlíticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Nascimento, Matheus Andrade lattes
Orientador(a): Rios, Débora Correia lattes
Banca de defesa: Atêncio, Daniel lattes, Sasaki, José Marcos lattes, Garcia, Pedro Maciel de Paula lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia (PGGEOLOGIA) 
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34757
Resumo: A análise qualitativa através da difração de raios X se iniciou a partir de estudos de William H.Bragg, que observou que este fenômeno, causado quando um feixe de raios X monocromáticos incide sobre um material cristalino, ocorre o fenômeno da difração que pode ser utilizado para a identificação mineralógica. Assim, para analisar as fases cristalinas que estão presentes em um material pulverizado analisado, é feito um difratograma, que é um gráfico de intensidade observada em relação ao ângulo de espalhamento. Com o difratograma são calculados os picos de máxima intensidade. O método de Rietveld foi criado em 1969 por Hugo M. Rietveld, foi inicialmente idealizado por Hugo. M Rietveld, foi inicialmente idealizado para o refinamento da interpretação de dados dos difratogramas gerados a partir da difração de nêutrons e posteriormente aplicado a difração de raios X. O método permite calcular o difratograma ponto a ponto de uma determinada amostra através de um algoritmo com um padrão difratométrico adequado à fase que se pretende estudar, aplicando para isto o método matemático dos mínimos quadrados. Assim, comparando os picos experimentais obtidos na amostra desconhecida e o padrão de pontos calculados é possível se identificar e obter os valores das dimensões da célula unitária. Alguns destes valores podem ser encontrados em artigos que reportam estruturas similares. O estudo petrográfico clássico em kimberlitos é dificultado pela presença da mineralogia exótica, xenólitos, xenocristais, e minerais de origem mantélica pouco conhecidos. Além disto a geoquímica destas rochas, com riqueza de voláteis, favorece os processos tardios de serpentinização, carbonatização e oxidação, transformando as rochas expostas em superfície e impossibilitando muitas vezes a correta identificação das fases minerais presentes na amostra. Por estes motivos, o refinamento das análises por difratometria de raios X através do método de Rietveld é uma poderosa ferramenta na interpretação petrográfica de rochas de mineralogia exótica e alterada. Tais informações são essenciais para uma melhor compreensão da natureza e gênese deste importante prospecto mineral. Este estudo tem o objetivo de aplicar o método de quantificação de Rietveld através de análises por difratometria de raios X no método do pó-total para ampliar o entendimento sobre a petrografia do Lamproíto Aroeira. Para isso foi utilizado o software que DIFRAC.TOPPAS no laboratório de tecnologia mineral de raios X (LAPAG- UFBA). A metodologia de trabalho desenvolvida neste estudo focou na seleção de duas amostras representativas do Lamproíto Aroeira. Estas duas amostras foram laminadas em três direções ortogonais, obtendo-se assim 6 lâminas polido-delgadas e 6 tabletes destas mesmas frações, os quais foram moídos e geraram o pó analisado por DRX. Assim, o estudo da petrografia juntamente com o a aplicação do método de Rietveld no seu respectivo pó trouxe uma confiabilidade maior as descrições petrograficas e a identificação de fases exóticas e serpentinizadas.