Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Morais, Aisiane Cedraz |
Orientador(a): |
Camargo, Climene Laura de |
Banca de defesa: |
Camargo, Aisiane Cedraz,
Nascimento, Maria Ângela Alves do,
Caldeira, Anônio Prates,
Souza, Sinara de Lima,
Quirino, Marinalva Dias |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Enfermagem
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Programa de Pós-Graduação: |
em Enfermagem
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/13989
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Resumo: |
O cuidado à criança em suas diversas fases envolve uma série de aspectos, dentre os quais se destacam as influências socioculturais, principalmente numa comunidade quilombola com crianças de zero a um ano de idade. Esse estudo teve como objetivo geral analisar o cuidado à saúde prestado no domicílio à criança de 0 a 1 ano na comunidade quilombola do Monte Recôncavo em São Francisco do Conde – BA, na perspectiva da Teoria Transcultural do Cuidado de Leininger. Os objetivos específicos foram: compreender os significados de saúde e doença para cuidadores de crianças de 0 a 1 ano em comunidade quilombola; descrever os cuidados de saúde domiciliares prestados à criança de 0 a 1 ano na comunidade quilombola; identificar as práticas populares de saúde no cuidado domiciliar de crianças de 0 a 1 ano; descrever a rede de suporte social das famílias para cuidar de crianças pequenas no domicílio. Metodologia: Pesquisa qualitativa, fundamentada na Teoria Transcultural do Cuidado de Leininger. O local do estudo foi o distrito de Monte Recôncavo, comunidade remanescente quilombola, em São Francisco do Conde - BA. Os sujeitos de estudo foram onze mães de crianças de 0 a 1 ano de idade, entrevistadas em seus domicílios. A pesquisa obteve aprovação do CEP da EE/UFBA, com Protocolo nº 04.2010. Para a coleta de dados utilizou-se História Oral de Vida Temática, Observação Descritiva e Diário de Campo. Os dados foram analisados segundo a técnica de Análise de Conteúdo, constituindo quatro categorias temáticas: Significados do Processo Saúde-Doença da Criança na percepção das Mães; Cuidados Cotidianos de Saúde com as Crianças Quilombolas de 0 a 1 ano; Cuidado nas Intercorrências no primeiro ano de vida: das Práticas Populares à Medicalização e Suporte Social de Cuidados à saúde da criança quilombola de 0 a 1 ano. Os dados apontaram que as mães significam o processo saúde-doença das crianças principalmente pela sintomatologia e entendem a doença como fenômeno pluricausal, influenciadas pelas crenças e tabus e adotam medidas contínuas de promoção à saúde dos filhos. Para cuidar das crianças, as mulheres fazem arranjos internos à dinâmica familiar e assumem o cuidado integral da criança, ainda que inseridas numa rede social de suporte. Os cuidados cotidianos emergem pelas práticas direcionadas à higiene e proteção do bebê tais como alimentação, limpeza do coto umbilical, atenção à erupção dental, estimulação psicomotora e para a proteção do sono e repouso. O cuidado domiciliar da criança quilombola tem interferência direta da cultura, dos modos de organização familiar, tornando-se evidentes as práticas populares de saúde, por meio do uso dos chás e remédios caseiros, banhos, amuletos, incluindo as práticas religiosas, como as rezas e uso do óleo ungido. O suporte social para cuidado da criança emerge por meio do apoio de membros da família, como avós e pais, e ajuda de pessoas diferentes da comunidade, e da invisibilidade dos serviços e profissionais de saúde. O cuidar/cuidado reveste-se de singularidades em um processo dinâmico, atrelado ao contexto sociocultural e que se concretiza em cada família em sua diversidade e universalidade, como propõe Leininger. |