Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Ricardo Diniz Guerra e
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Orientador(a): |
Freitas Júnior, José Esler de |
Banca de defesa: |
Freitas Júnior, José Esler de,
Carvalho, Gleidson Giordano Pinto de,
Ribeiro Filho, Antônio de Lisboa,
Araújo, Maria Leonor Garcia Melo Lopes de,
Delfino, Nelson Carvalho |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPGZOO)
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Departamento: |
Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38281
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Resumo: |
Objetivou-se com este estudo avaliar o efeito do escore de condição corporal ao parto (ECCP) e raça sobre o desempenho produtivo e o perfil metabólico de fêmeas bubalinas no período de transição e início da lactação. Foram selecionados vinte animais da raça Mediterrânea e quinze animais da raça Murrah, todas gestantes e multíparas e que foram posteriormente divididas com base no ECCP em quatro grupos experimentais em um delineamento inteiramente casualizado: Grupo 1: MEC1 - búfalas da raça Mediterrâneo com valores de escore de condição corporal ao parto entre 1,5 – 2,5 (N= 9); Grupo 2) MEC2 - búfalas da raça Mediterrâneo com valores de escore de condição corporal ao parto entre 2,51 – 3,51 (N= 11); Grupo 3) MUC1 - búfalas da raça Murrah com valores de escore de condição corporal ao parto entre 1,5 – 2,5 (N= 8) e; Grupo 4) MUC2 , búfalas da raça Murrah com valores de escore de condição corporal ao parto entre 2,51 – 3,51 (N= 7). Os animais foram monitorados durante os últimos 21 dias de gestação até os primeiros 21 dias pós-parto e mantidos sob as mesmas condições de manejo e alimentação. O peso e os valores de escore de condição corporal (ECC) foram obtidos com intervalos de 7 dias, 21 antes do parto até 42 dias pós-parto. Todas as amostras de sangue e urina, e dados de parâmetros clínicos foram coletados com intervalos de 7 dias, 21 antes do parto até 21 dias pós-parto. Os grupos MEC1 e MEC2 apresentaram média de ECC de 2,28 e 2,93 respectivamente, enquanto os grupos MUC1 e MUC2 médias de ECC de 2,37 e 2,67, respectivamente no período pré-parto. Os animais com ECCP de 1,5 a 2,5, independente da raça, apresentaram redução no ECCP de 0,177 pontos entre os dias -21 e o dia do parto (d0). O grupo MEC1 apresentou maior frequência cardíaca (P = 0,022) em relação ao grupo MEC2 no período pré-parto (56,42 e 61,78 bat/min respectivamente). Os animais da raça Mediterrâneo apresentaram maiores produções de leite (P<0,001), produção de leite corrigida (P<0,001), e produções de gordura (P = 0,004), proteína (P = 0,024), lactose (P = 0,016) e extrato seco total (P = 0,011). Foi verificado efeito de interação entre as semanas avaliadas durante o período de transição e os grupos de ECCP na produção e composição do leite (P>0,05). Entretanto, não houve efeito do ECCP e grupo racial sobre o rendimento de mussarela, e contagem de células somáticas no leite no período avaliado (P>0,05). Os animais da raça Murrah apresentaram maiores valores de hemoglobina (P = 0,013), ureia (P = 0,032) e glicose (P = 0,021) no período pré-parto e leucócitos (P = 0,020) no período pós parto. De forma coerente os animais da raça Murrah apresentaram maiores valores ureia na urina (P = 0,012), no período pré-parto. Os resultados deste experimento sugerem que as diferenças de ECCP dos grupos trabalhados não demandam de grande stress metabólico para suprir as necessidades energéticas para produção de leite geneticamente exigida para este perfil. Búfalas com ECCP acima de 3,51 e/ou capacidade produtiva geneticamente superior aos animais avaliados no presente experimento podem apresentar comportamento diferenciado com maior mobilização de reservas corporais. |