Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Uendel de Oliveira |
Orientador(a): |
Bezerra, Antônia Pereira |
Banca de defesa: |
Alcântara, Paulo Henrique Correia,
Leão, Raimundo Matos de,
Motta, Vera Dantas de Souza,
Santos, Elisa Mendes de Oliveira |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Teatro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20717
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Resumo: |
Trata-se de um estudo crítico-descritivo da obra do dramaturgo francês Bernard-Marie Koltès, em que se analisa o tema da morte em seus aspectos sociológicos, antropológicos e filosóficos. Estabelece como recorte as peças Combat de nègre et de chiens, Quai ouest e Roberto Zucco, destacando momentos da trajetória biográfica de Bernard-Marie Koltès, para identificar experiências marcadas pela presença da morte e as possíveis repercussões das mesmas na sua escrita. Parte da hipótese de que a morte constitui elemento chave na composição das obras aqui citadas e, para verificá-la, esta investigação dedica-se a discutir o tema principal a partir dos seguintes eixos: análise das relações entre morte e poder; das práticas suicidas; e do corpo morto enquanto objeto de crenças e valores altamente complexos. Aborda as obras dramatúrgicas ora escolhidas a partir dos modos de composição de personagem, ação e intriga, cruzando as análises dos referidos textos dramáticos com a fundamentação teórica acerca do tema central e seus subtemas. Demonstra a imbricada relação entre morte, mecanismos de poder e construção das dinâmicas de força entre os personagens koltesianos; evidencia que o suicídio e outras práticas autodestrutivas atuam como elemento determinante do comportamento dos personagens; e aponta o lugar de destaque ocupado pelo corpo morto nas três peças aqui abordadas bem como a diversidade de tratamentos dos quais o mesmo é objeto. Apoia-se no pensamento de autores variados, tais como Anne Ubersfeld, André Petitjean, Pierre Moron, Jean Baechler, Michel Foucault, Daniela Lapenna e Louis-Vincent Thomas. Conclui, enfim, que a morte se impõe tal qual força que impulsiona os personagens, orienta suas interações, funcionando ainda como elemento motriz das intrigas, ponto de partida e ponto de chegada das narrativas. |