Tecendo po-éticas em três tons: linguagem, amor e medo em Valter Hugo mãe

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Sandra Lúcia Sant'Ana dos lattes
Orientador(a): Muniz, Márcio Ricardo Coelho
Banca de defesa: Muniz, Márcio Ricardo Coelho, Lima, Mirella Marcia Longo Vieira, Vieira, Nancy Rita Ferreira, Santos, Rita Aparecida Coelho, Gomes, Julia Pinheiro
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40564
Resumo: Nesta pesquisa, discutimos a narrativa de Valter Hugo Mãe, à luz da epistemologia dos afetos. Estudamos a linguagem e seu potencial de afetar o leitor, pensando nela como uma linguagem-afeto e na representação-afeto construída na narrativa de VHM; elencamos reflexões sobre o afeto amor em suas potencialidades e suas ausências, no intuito de exemplificar sua força, a partir das vivências dos personagens, e de como esse é um ato e não um mero sentimento; discorremos sobre o medo e toda sua força de neutralização das ações dos sujeitos das narrativas, enfatizando que esse afeto pode ser uma inibição psíquica, mas também um mecanismo para manutenção de poderes; e por fim tratamos da comunidade, como algo construído pelos afetos, nesse ínterim, refletimos como as narrativas de Valter Hugo Mãe criam comunidades. Em todas estas temáticas, tentamos investigar a ética dos afetos perpassando a narrativa do autor português, que escreve também de forma a afetar o leitor, daí o termo po-ética, que usamos no título e desenvolvemos ao longo do estudo. Tecemos leituras na perspectiva dos afetos e afecções nas linhas e entrelinhas de três romances de VHM: A máquina de fazer espanhóis, O Filho de mil homens e Homens imprudentemente poéticos. Para elucidar a leitura com esse enfoque, dialogamos com autores que definem e discutem o afeto, principalmente com Baruch de Spinoza, Diana Klinger, Bell Hooks, Jean Delumeau e Vladimir Safatle. Nosso intuito é evidenciar o potencial de afetar e de conduzir à ação, que possui as narrativas do autor português, tanto pela linguagem-afeto, quando pela representação-afeto dos personagens.