Autonomia reprodutiva entre as Nkento Angolanas: narrativas e escolhas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Telo, Florita Cuhanga António
Orientador(a): Fernandes, Felipe Bruno Martins
Banca de defesa: Silva, Salete Maria da, Gomes, Patrícia Alexandra Godinho, Figueiredo, Ângela Lucia Silva, Souza, Cristiane Santos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30650
Resumo: Esta pesquisa se debruça sobre a autonomia reprodutiva em Angola. Desde uma perspectiva pós-colonial, fazemos uma análise crítica ao conceito dos direitos reprodutivos, de onde advém a definição de autonomia reprodutiva. É a partir do resultado desta problematização que analisamos o processo de construção da autonomia reprodutiva em Angola. Através de uma pesquisa qualitativa, que privilegia a escuta etnográfica, a tese analisa a construção da autonomia reprodutiva em Angola, por meio das histórias de vida de cinco mulheres angolanas que escolheram não ter filha/o, ou ter apenas um/a. Para tal são exploradas as concepções de gênero, mulher, família e maternidade nas múltiplas culturas locais, bem como as trazidas pela colonização. Constatamos assim que o ponto central é a autopercepção de que se é sujeito de direitos, que pode fazer as suas próprias escolhas. Esta visão do self é construída mediante o modelo materno (e paterno) que tiveram dentro de casa. Um contexto em que as categorias mãe – mulher – esposa são tidas como interligadas, mas não indissociáveis. Outrossim, a autonomia reprodutiva é exercida de modo compartilhado entre a mulher e a família materna, mais do que com marido, principalmente por representar a continuidade da família, do nome, da cultura. A gravidez não é um ato isolado e diz respeito a todas/os. Entretanto, as transformações da organização familiar e social têm propiciado uma mudança de paradigma reprodutivo, dando lugar a novas formas de exercício da autonomia reprodutiva.