Diferenças nos modos de morrer entre trabalhadores da agropecuária e outras ocupações no Brasil, 2006-2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Campos, Felipe
Orientador(a): Santana, Vilma Sousa
Banca de defesa: Guimarães, Silvia Ferrite, Cremonese, Cleber
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29068
Resumo: Objetivos: Examinar as diferenças na mortalidade proporcional (MP) por grupos de causas entre trabalhadores da agricultura e outras ocupações no Brasil. Métodos: A população de referência são todos os trabalhadores que faleceram com 16-70 anos de idade, entre 2006-2015. Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) foram empregados para análise da causa básica de morte, codificados pela CID-10º Rev. Registros de ocupação com códigos da Classificação Brasileira de Ocupações 2002 (CBO-02) permitiram a criação de grupos de agricultores e não agricultores. A análise estratificada por sexo foi realizada. Resultados: A MP foi maior entre os trabalhadores da agricultura, especialmente para transtornos mentais e comportamentais (RMP=1,73), seguidos pelas doenças do sangue, órgãos hematopoiéticos e transtornos imunitários (RMP=1,34) entre os homens. Entre as mulheres, as trabalhadoras da agropecuária tiveram maior MP para transtorno mentais e comportamentais (RMP=2,05), doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (RMP=1,85) e do aparelho circulatório (RMP=1,29) para o total de causas definidas de óbitos. Discussão: O perfil de mortalidade proporcional entre os trabalhadores da agropecuária se distingue dos demais, sugerindo que há padrões de exposições distintas no ambiente de trabalho da agropecuária em comparação a outras ocupações. Além disso, essas exposições interagem ou se somam aos conhecidos determinantes sociais das condições de vida, como a baixa renda, ganhos irregulares, educação insuficiente, falta de saneamento básico, limitado acesso e qualidade nos serviços de saúde e habitação, determinando variações no modo de morrer entre os trabalhadores da agropecuária.