Influência de nutrientes na biodegradação de Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (HTP) dispersados pela formação de agregados Óleo-MPS (OSAs)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Lua Morena leoncio de
Orientador(a): Lima, Danúsia Ferreira
Banca de defesa: Oliveira, Olívia Maria Cordeiro, Reyes, Claudia Yolanda
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: em Geoquímica: Petróleo e Meio Ambiente
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30778
Resumo: Derrames de petróleo no meio ambiente têm sido uma das grandes preocupações atuais, diante disso surgi à necessidade de recuperar áreas impactadas por petróleo, utilizando como ferramenta biotecnologias que auxiliem na retirada e/ou biodegradação do óleo no meio ambiente. Os agregados óleo- particulado em suspensão (OSAs) consiste em uma técnica natural de intemperismo (dispersão e biodegradação) do óleo a partir da interação de gotículas de óleo e Material Particulado em Suspensão (MPS). A bioestimulação pode aumentar a eficiência da biodegradação a partir da formação dos OSAs.Sendo assim, o objetivo central dessa pesquisa foi avaliar por meio de ensaios laboratoriais, a influência dos nutrientes na biodegradação de Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (HTP) dispersados pelos agregados Óleo-MPS (OSAs). A bioestimulação e bioaumentação autóctone foram utilizadas em conjunto com a dispersão de óleo pela formação de OSAs, como forma de potencializar a biodegradação dos HTPa partir da adição de nutrientes (N, P, K) e adição de microrganismos provenientes do MPS coletado no estuário do rio são Paulo. Antes de iniciar o experimento foi realizada a amostragem do MPS e água proveniente da área de interesse para caracterização geoquímica dos HTP e quantificação dos nutrientes. O experimento foi realizado no Laboratório de Estudos do Petróleo (LEPETRO) do Núcleo de Estudos Ambientais (NEA), localizado no Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (IGEO/UFBA) e está inserido no projeto de pesquisa“Desenvolvimento de Multibioprocesso de remedição aplicável em áreas costeiras impactadas por atividades petrolíferas”- DEMBPETRO. O experimento contou com a montagem de oito biorreatores com volume de 20 L de água salina e uma bomba de aeração wave maker com capacidade para bombear 3000 L. h-1 no qual foi realizado de forma pioneira, pois, foi o primeiro experimento de formação de OSAs a ser bioestimulado. Nas unidades de bioestimulação foi adicionado óleo, MPS e nutrientes à água salina produzida em laboratório, nas unidades de atenuação natural foi adicionado óleo e MPS e nas unidades de branco foi adicionado à água salina somente MPS e nutrientes. As coletas para contagem de Unidades Formadoras de Colônia foram realizadas nos tempos 0, 7, 15, 30 e 60 dias, e para quantificação de HTP as coletadas foram realizadas em 0, 15, 30 e 60 dias. A cada tempo de coleta foram retiradas alíquotas para quantificação de espécies químicas (nitrato, nitrito, amônio e fosfato). Entre os resultados encontrados observou-se que nos biorreatores bioestimulados houve um ligeiro aumento na formação de OSAs de flutuabilidade negativa, a adição de nutrientes no tempo 7 acarretou um maior crescimento de UFCs, porém em 30 e 60 dias os biorreatores branco e atenuação natural apresentaram maior crescimento. Contudo, para a biodegradação dos HTP a bioestimulação mostrou-se eficiente uma vez que sua média foi de98,12% de degradação emcomparação a 84,61% de degradação das unidades de atenuação natural. Os dados mostraram que a adição de nutrientes apesar de não contribuir significativamente na formação de OSAs é de grande importância para a biodegradação dos HTP.