Percursos acadêmicos e profissionais de estudantes indígenas egressos da UFBA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Ariadila Santos de Queiroz
Orientador(a): Pimentel, Adriana Miranda
Banca de defesa: Souza, Ana Cláudia Gomes de, Reis, Dyane Brito Santos, Souza, Jurema Machado de Andrade
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Estudos Interdisciplinares sobre a Universidade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31974
Resumo: Esta dissertação discute a construção dos percursos acadêmicos e profissionais de indígenas egressos da Universidade Federal da Bahia - UFBA. As políticas de ação afirmativas têm modificado o corpo discente das universidades e possibilitou o ingresso de um número cada vez maior de indígenas nos seus cursos. A UFBA, passou a desenvolver sua política de acesso diferenciado em 2004, e hoje já tem indígenas egressos de seus cursos, que depois de passar pela universidade continuam a desenvolver seus percursos como profissionais. Para conhecer essa realidade foi realizada uma pesquisa qualitativa, através de entrevista semiestruturada, utilizando os princípios da entrevista compressiva, dividida nos tópicos: acesso e ingresso na Universidade Federal da Bahia; percursos acadêmicos durante o curso de graduação; percursos pós-formação e atuação profissional. Foram entrevistados cinco egressos, todos da etnia Pataxó, da aldeia Coroa Vermelha. Nos relatos aqui apresentados, destaca-se a construção dos percursos acadêmicos e profissionais, tendo como motivador os objetivos e necessidades de suas comunidades. Os egressos falam de sua expectativa de retorno a comunidade e seus esforços para efetivá-lo. Os estudantes repensam o significado do retorno, sendo não somente voltar fisicamente para a aldeia, mas contribuir com sua atuação acadêmica, profissional e política em prol das causas indígenas. Como resultado da análise das trajetórias acadêmicas e profissionais dos egressos entrevistados nessa pesquisa, podemos dizer que a formação universitária não é uma forma de afastar os indígenas de seu vínculo étnico-comunitário, os estudantes indígenas alcançam o status de profissional de sua área sem, no entanto, deixar de assumir sua identidade indígena.