Patrimônio industrial: narrativas de uma ruína santamarense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Alfredo, Moari Castro Ramos de Oliveira
Orientador(a): Freitas, Joseania Miranda
Banca de defesa: Ceravolo, Suely Moraes, Klüppel, Griselda Pinheiro, Ramos, Maria Estela Ramos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Museologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32074
Resumo: A presente dissertação se propõe a compreender o percurso histórico da Destilaria Modello, edificação industrial localizada no município de Santo Amaro, estado da Bahia, evidenciando as narrativas construídas pelas diversas ocupações atribuídas ao prédio, como dispositivos inerentes ao seu processo de reconversão. A edificação, atualmente em ruínas, é um dos reminiscentes registros arquitetônicos do patrimônio industrial local, que sobreviveu as intempéries. Sua restauração está prevista no projeto de ocupação desenvolvido para abrigar um centro de ensino da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Na atualidade, as ruínas são referenciadas nominalmente como a fábrica Tarzan, denominação cristalizada no imaginário local pela ocupação da Siderurgia Aço Tarzan nos anos 40 do século XX e que funcionou no local por cerca de quinze anos. Contudo, sua origem fabril dá-se com a criação da Companhia União dos Lavradores, ainda no século XIX. A empresa, ligada a oligarquia regional, atuou durante cerca de uma década na transformação da cana-de-açúcar em aguardente. Sua composição arquitetônica grandiosa, ainda evidente, remete a opulência de outros tempos, da outrora cidade mais importante do ciclo do açúcar e sua trajetória histórica é produto de um período marcado pelo desenvolvimento da indústria do Recôncavo baiano, o que evidencia a necessidade de que a contemporaneidade se aproprie do espaço compreendendo sua história e as memórias compartilhadas que foram constituídas através das diversas significações do espaço.