Células mesenquimais estromais e Fator de crescimento derivado de plaquetas: caracterização e potencial terapêutico em lesões associadas à doença falciforme

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ribeiro, Tiago Oliveira lattes
Orientador(a): Fortuna, Vitor Antonio lattes
Banca de defesa: Ribeiro, Tiago Oliveira lattes, Fortuna, Vitor Antonio lattes, Barbosa, Cynara Gomes lattes, Macambira, Simone Garcia lattes, Souza, Bruno Solano de Freitas lattes, Ribeiro Filho, Jaime
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Imunologia - (PPGIM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40498
Resumo: Osteonecrose e úlceras de perna são lesões teciduais associadas a complicações microvasculares comumente encontradas em pacientes com doença falciforme (DF). Uma vez que essas comorbidades apresentam opções limitadas de tratamento, a utilização de células estromais mesenquimais ou fatores de crescimento pode ser uma abordagem terapêutica eficaz para o tratamento de osteonecrose e úlceras crônicas de perna em pacientes com doença falciforme, melhorando os desfechos clínicos e acelerando a cicatrização tecidual. Este estudo propôs quantificar a população de células estromais mesenquimais em amostras de medula óssea de pacientes com DF e osteonecrose e compará-la com pacientes com complicações osteoarticulares não relacionadas à DF além de investigar os efeitos PDGF-BB recombinante humano (rh-PDGF) no processo de cicatrização de feridas cutânea em modelo murino de DF. Nosso primeiro trabalho revelou que a população de células estromais mesenquimais CD271+CD45-/low foi maior no aspirado total e no concentrado de células mononucleares de medula óssea em pacientes com DF e osteonecrose do que em pacientes com complicações osteoarticulares não relacionadas a DF. Demonstramos uma correlação significativa (r = 0:7483; p = 0:0070) entre o número de células CD271+CD45- /low e a contagem de unidades formadoras de colônias de fibroblastos (CFU-F) in vitro nas amostras oriundas de DF. Nossos dados revelaram que a aplicação do PDGF-BB contribuiu para um maior fechamento da ferida no dia 3 pós-lesão (46.71 ± 3.87%) vs (33.82 ± 2.72 %) nas feridas tratadas com PBS. As feridas tratadas com PDGF apresentaram maior deposição de colágeno e aumento na quantidade de vasos sanguíneos e células perivasculares no dia 3 pós-lesão. Entretanto, foi observada uma maior presença de infiltrado inflamatório nas feridas tratadas com PDGF corroborando com os níveis elevados de mediadores próinflamatórios encontrados nas análises de expressão gênica. Em conclusão, estes trabalhos demonstram o potencial promissor da aplicação de células estromais mesenquimais e fatores de crescimento no tratamento de complicações microvasculares relacionadas a doença falciforme.