Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Correia, Verusya |
Orientador(a): |
Britto, Fabiana Dultra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/13061
|
Resumo: |
Esta pesquisa investiga a hipótese de que a dança pode ser uma forma de ativismo político, quando seu modo de produção e de ocorrência acontecem à margem das normas do mercado e do sistema oficial de profissionalização. Pretende-se mostrar que as danças criadas como manifestações populares de grupos sociais espontaneamente organizados, que ocorrem na rua e se baseiam nas suas experiências cotidianas dos espaços públicos em que vivem, produzem um tipo de transgressão das normas tanto de organização urbanística quanto da dinâmica sócio-urbana vigente e da própria prática artística coreográfica, na medida em que subvertem a lógica segregatória e espetacular que se impõe atualmente como modelo hegemônico de cidade, de arte e inclusive de corporalidade (Britto e Jacques, 2008, 2010). O objeto tomado para análise é a manifestação anual do Bicho Caçador, criada e realizada pelos habitantes do bairro Porto de Trás, na cidade de Itacaré (BA). Partindo da minha própria experiência de coreógrafa mobilizada por questões de segregação social, o estudo se desenvolve articulando depoimentos coletados e dados históricos contextuais, com as noções de coimplicação entre corpo e ambiente (Britto, 2008), corpografia urbana (Britto e Jacques, 2008, 2010) e profanação (Agamben, 2007), para mostrar como o Bicho Caçador transgride (desde o nome) as regras de convívio e ocupação do espaço urbano, pelo seu uso dessacralizador da segregação espacial, sócio-econômica e étnico-cultural vigentes na cidade. Pretende-se, desse modo, sugerir que a dança pode ser um tipo de ação crítica, de desvio ou resistência aos modelos hegemônicos de pensamento e comportamento promotores da espetacularização – papel que denominaremos de ativismo político. |