Análise sistêmica da sub-bacia do Riacho do Ipiranga- Presidente Tancredo Neves- Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Matos, Daiana de Andrade
Orientador(a): Torres, Antonio Puentes
Banca de defesa: Torres, Antonio Puentes, Tomasoni, Marco Antônio, Estevam, André Luiz Dantas
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Geografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25640
Resumo: Este trabalho analisa, a partir de uma abordagem sistêmica, a Sub-bacia do Riacho do Ipiranga, localizada na área rural do município Presidente Tancredo Neves - BA. Esta sub-bacia faz parte da Bacia do Rio Una, situada na Bacia Hidrográfica Recôncavo Sul. A relevância desta consiste no fato de que suas águas contribuem diretamente para o abastecimento de 54% da população do município de Presidente Tancredo Neves, no entanto as interferências antrópicas, na área, podem comprometer a produção de água, havendo, destarte, necessidade de intervenções, para que se garanta o abastecimento e se conserve a biodiversidade local. Para tanto, toma-se como base o estudo da Fragilidade Ambiental de Jurandir Ross (1994, 2005, 2012) na tentativa de integrar aspectos do meio físico e social e, assim, melhor compreender a dinâmica do sistema estudado. Em primeiro momento, avalia-se a cobertura e uso da terra na Sub-bacia do Riacho do Ipiranga. O resultado desta etapa mostra que a referida sub-bacia possui uma dinâmica socioambiental marcada pela coexistência de atividades agrícolas: cultivos permanentes (12%), uma incipiente produção de cultivares temporários (17%) e atividades de pastoreio (15%). O grau de antropização da sub-bacia é de 66.2%. Em segundo momento, integra-se os dados referentes ao meio físico (declividade, solos e pluviosidade) e sociais (mapeamento de cobertura e uso da terra) para realizar a avaliação da Fragilidade Ambiental. Este trabalho destaca as diferenças entre a fragilidade potencial e emergente à erosão. O estudo da Fragilidade Potencial demonstrou que 33% do território da sub-bacia encontra-se entre as classes de fragilidade alta e muito alta. Na Fragilidade Emergente, as citadas classes representam 42% da área de estudo. Percebeu-se que a integração do tema “Cobertura e uso da terra” alterou quantitativamente as classes de fragilidade alta e muito alta, reforçando a ideia de que o homem tem um papel significativo na alteração da dinâmica dos sistemas. Os produtos resultantes desse estudo foram confrontados com as normas do Código Florestal, Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012, para verificar sua aplicabilidade e auxiliar na gestão ambiental. Buscou-se delimitar as Áreas de Preservação Permanente(APP): ao redor das nascentes, mata ciliar, encostas e topos de morro. Esta delimitação foi confrontada com o mapeamento de cobertura e uso da terra e Fragilidade ambiental. O uso conflitivo das áreas de APP e cobertura e uso da terra indicou que 68% das APP’s estão com utilização inadequada. Deste total, 45.3% das áreas de preservação são utilizadas para atividades de muito baixo a nulo grau de proteção do solo, portanto áreas de alta fragilidade ambiental. O resultado deste trabalho indica áreas, na Sub-Bacia, mais favoráveis e menos favoráveis à ocupação, bem como evidencia as áreas que necessitam de maior atenção por parte dos gestores ambientais. Portanto, este trabalho se apresenta como ferramenta orientativa, podendo contribuir na definição de planos de recuperação, planejamento e zoneamento ambiental da área estudada.