A referenciação anafórica na produção de narrativas infantis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Tunes, Marlene da Rocha
Orientador(a): Souza, Iracema Luiza de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29253
Resumo: Este trabalho é um estudo da referenciação anafórica em narrativas histórias escritas a partir de uma seqüência de gravuras por crianças da segunda, terceira e quarta séries do ensino fundamental de duas escolas da rede pública de Salvador. Como base teórica, tomam-se os pressupostos da Lingüística Textual e da Psicolingüística e analisam-se as estratégias utilizadas no estabelecimento de relações referenciais às personagens centrais da história, bem como as condições atuantes no emprego das formas lingüísticas selecionadas. O estudo contempla as anáforas correferenciais pronominais e nominais, dominantes no corpus, cujos subtipos abrangem os pronomes pessoais de terceira pessoa, a repetição lexical, as expressões definidas e os nomes genéricos. Os resultados apontam para o emprego majoritário da anáfora nominal representada pela repetição lexical nas funções referenciais de manutenção e reintrodução, para marcar a relevância da personagem em determinado espaço narrativo, favorecendo a continuidade temática, e da anáfora pronominal na manutenção, em função da própria estrutura narrativa. Com os resultados obtidos, confirmam-se as questões levantadas. A primeira, quando se verifica que a importância assumida pela personagem na história determina a escolha da forma lingüística utilizada para exprimir a sua introdução, manutenção e reintrodução referenciais. A segunda, quando se constata que as expressões nominais selecionadas (nome próprio, expressão definida, expressão indefinida ou definida com modificadores) não apenas conferem à personagem uma marca específica na história, mas também expressam, pela via da subjetividade, os laços do narrador com a personagem criada.