Expressão de IFN, IL-17 e HERVs, e níveis séricos de IL-2, CCL2 e CCL3 associados à gravidade da COVID-19.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Gondim, Taiane de Macêdo lattes
Orientador(a): Trindade, Soraya de Castro lattes
Banca de defesa: Trindade, Soraya de Castro lattes, Silva, Marcos da Costa lattes, Vale, Vera Lúcia Costa lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Imunologia - (PPGIM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38481
Resumo: A COVID-19 é uma doença respiratória aguda causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Embora a maioria dos casos sejam assintomáticos ou cursem com sintomas leves, cerca de 20% dos acometidos pela doença desenvolvem sua forma grave. A progressão da COVID-19 tem sido associada a hipóxia, inflamação sistêmica desregulada e coagulopatias, porém os fatores de risco para sua evolução para a forma grave ainda não são totalmente compreendidos. O mau prognóstico da doença parece estar associado a fatores envolvidos na interação vírus-hospedeiro, como a sinalização prejudicada do IFN tipo I – principal linha de defesa inata para montagem de uma resposta imune antiviral efetiva – associada a uma expressão desregulada da citocina pró-inflamatórias. Além disso, os retrovírus endógenos humanos (HERVs), remanescentes de inserções genômicas virais ancestrais, parecem ser reativados em resposta a agentes infecciosos como o SARS-CoV-2, modulando a resposta imune inata e levando a vários efeitos deletérios sistêmicos, porém com papel no agravamento da COVID-19 ainda são incipientes. O presente estudo analisou a expressão gênica e níveis plasmáticos de algumas moléculas apontadas como marcadores de gravidade da COVID-19, comparando os quadros leve e grave da doença. Foram avaliados 71 indivíduos (46 casos leves e 25 graves) para análise da expressão gênica, e 139 para dosagem plasmáticas de citocinas (58 casos leves e 81 graves). As expressões dos genes de IFN e seus receptores (INFAR1 e INFAR2), IL-17 e HERVs foram analisadas em ambos os grupos, bem como as citocinas IL-2, CCL2 e CCL3. O gene INFAR2 e a citocina IL-2 foi mais elevada no grupo leve, enquanto os níveis da quimiocina CCL3 foram mais significativos no grupo grave. Esses achados potencializam as evidências de como a dinâmica da resposta imunológica do hospedeiro pode impactar o desfecho clínico da infecção pelo SARS-CoV-2.