POÉTICA DE SERESTAR CATIRINAS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, SEBASTIÃO DE SALES lattes
Orientador(a): Machado, Lara Rodrigues
Banca de defesa: Machado, Lara Rodrigues, Ferraz, Fernando Marques Camargo, Oliveira, Eduardo David de, Santos, Marcos dos, Siqueira, Thulho Cezar Santos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Dança (PPGDANCA)
Departamento: Escola de Dança
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36820
Resumo: A tese aqui “dançada” apresenta uma costura de memórias acerca da brincadeira do Boi de Reis em minha história. Nessa narrativa brinco com a passagem do tempo de menino até chegar a minhas andanças pedagógico-performativas como brincador na cena popular. A tessitura desse texto busca atender à necessidade de reconhecer a brincadeira do Boi de Reis, que tem ocorrido há mais de cem anos na Cidade de Vera Cruz/RN, como um modo de saber pelo corpo de meu povo e de tantas outras pessoas fazedoras dessa brincadeira. Muito especialmente, faço um recorte no todo da brincadeira e me dedico à percepção do corpo de Catirina – única presença feminina no jogo lúdico do brincar do boi. Com ela, busco estudar a construção poética e os saberes culturais e educacionais imersos no contexto dessa dança de bois. A pesquisa investigativa autorreferente, aborda questões poético-políticas, sensório sociais e imagético-culturais que me atravessam no percurso de materialização da figura de Catirina em suas diferentes versões no decorrer do processo criativo. Com isso, pretendo colocar em debate algumas proposições acerca do universo da brincadeira, entendendo-a como uma representação cultural de dado grupo social, dado lugar, dado povo. Ciceroneiam esse texto, MACHADO (2017), com Danças no Jogo da Construção Poética, OLIVEIRA (2021), com Filosofia da Ancestralidade, RUFINO (2019), com Pedagogia das Encruzilhadas, SANTOS (2002), fazendo o cruzo com o Corpo e Ancestralidade. Evoco para dançar comigo GLISSANT (2021) e sua Poética da Relação e MARTINS (2021) nas Performances do tempo espiralar. Partilho das contribuições de AMOROSO (2009), que com o seu miudinho me fez girar. SANTOS (2020), batucou nessa tese “dançada” me atinando para a Poética das Relações. O grande Mestre Tião Carvalho, brincante de boi e meu padrinho da brincadeira, alumiou os meus passos na cena e nos modos de brincar. A construção dessa tessitura recupera minha ancestralidade, pois com ela brinco e acesso as divindades ancestrais do “Serestar Catirinas”, trabalho artístico fruto dessa pesquisa de doutorado.