Resposta imune a antígenos recombinantes de Leishmania e imuno-modulação na leishmaniose tegumentar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Passos, Sara Timóteo
Orientador(a): Carvalho Filho, Edgar Marcelino de
Banca de defesa: Goto, Hiro, Brites, Carlos, Carvalho, Lain Carlos Pontes de, Atta, Ajax Mercês, Carvalho Filho, Edgar Marcelino de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: em Imunologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20119
Resumo: A leishmaniose de modo geral vem sendo amplamente estudada e diversas questões relacionadas aos aspectos imunológicos têm sido abordadas como caracterização e modulação da resposta imune. A linha de pesquisa abordada nesta tese visa caracterizar a resposta imune a antígenos recombinantes de Leishmania em pacientes com leishmaniose visceral e leishmaniose tegumentar e, avaliar aspectos relacionados à modulação da resposta imune na leishmaniose tegumentar. No primeiro artigo, tendo em vista a dificuldade do diagnóstico precoce e correto da leishmaniose visceral, avaliamos a capacidade de três antígenos recombinantes (rH2A, KMP11 e Proteína “Q”) de Leishmania serem utilizados em teste sorológico e realizar o diagnóstico diferencial entre infecção subclínica por L. chagasi e doença. A sensibilidade e a especificidade do teste sorológico para diagnóstico da leishmaniose visceral foi de 100% para os três antígenos recombinantes estudados e em relação ao diagnóstico diferencial o KMP11 foi o antígeno que apresentou melhor capacidade de ser utilizado para distinguir entre a doença ativa e a infecção por L. chagasi. Prosseguindo o estudo com antígenos recombinantes de Leishmania, no segundo artigo, mas visando avaliar aspectos relacionados à modulação da resposta imune em pacientes com leishmaniose cutânea e leishmaniose mucosa, células mononucleares do sangue periférico destes pacientes foram estimuladas com antígeno solúvel de Leishmania e adicionados os antígenos recombinantes LACK e KMP11 – antígenos indutores de IL-10. Os resultados encontrados mostraram que na leishmaniose cutânea, ambos os antígenos foram capazes de suprimir a resposta de IFN- através da produção de IL-10, mas na leishmaniose mucosa essa supressão não foi observada, mesmo havendo produção de IL-10 pelos antígenos recombinantes. Visando aprofundar o conhecimento da resposta imune em pacientes com leishmaniose cutânea e com leishmaniose mucosa, no terceiro artigo, avaliamos o papel de moléculas co-estimulatórias, marcadores de ativação de células T na modulação da resposta imune, além de determinar a capacidade de citocinas (IL-2, IL-12, IL-15) e de CTLA-4 em modular a produção de IFN-. Observamos que a intensidade da resposta Th1 na leishmaniose mucosa está associada com o aumento do número de células T efetoras ativadas. E que, a modulação não apropriada dessas células e a manutenção de uma resposta inflamatória persistente leva ao dano tecidual observado na leishmaniose mucosa. Portanto, os resultados aqui apresentados contribuíram nas questões relacionadas aos aspectos imunológicos em grupos de pacientes com leishmaniose visceral, leishmaniose cutânea e leishmaniose mucosa no que se refere ao diagnóstico sorológico e modulação da resposta imune.