Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Melo, Roseneia Rodrigues Santos de
|
Orientador(a): |
Costa, Dayana Bastos |
Banca de defesa: |
Costa, Dayana Bastos,
Costella, Marcelo Fabiano,
Hirota, Ercilia Hitomi,
Ferreira, Emerson de Andrade Marques,
Saurim, Tarcisio Abreu |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil (PPEC)
|
Departamento: |
EDUFBA
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37992
|
Resumo: |
A gestão da segurança é responsável pela identificação, controle e avaliação dos perigos no ambiente laboral. Entretanto, sua eficiência tem sido questionada devido aos altos índices de acidentes enfrentados pela indústria da construção. Essa ineficiência pode ser associada à dificuldade em monitorar processos em canteiro sem o suporte tecnológico adequado e a abordagem reativa aplicada na construção ao longo dos anos. Para aprimorar tais aspectos, estudos destacam os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) como uma alternativa eficaz, capaz de monitorar as condições de segurança on-site e apoiar a tomada de decisão em tempo hábil. Com relação às abordagens proativas, a Engenharia de Resiliência (ER) emerge como um novo paradigma para lidar com a variabilidade diária, apoiando os ajustes de desempenho responsáveis pela continuidade das operações após eventos inesperados ou na presença de um estresse contínuo. Em vista disso, esta pesquisa teve como objetivo propor um modelo prescritivo para orientar o desenvolvimento e aperfeiçoamento de potenciais de resiliência assistido por meio do monitoramento da segurança com VANT. Como objetivos específicos, esta tese buscou: (a) propor um protocolo para monitoramento com VANT integrado às rotinas do Sistema de Gestão da Segurança (SGS), (b) identificar as contribuições do monitoramento com VANT para o desenvolvimento das perspectivas Safety-I e Safety-II, e (c) propor diretrizes para a aplicação do modelo para desenvolvimento e aperfeiçoamento dos potenciais para resiliência assistido pelo monitoramento com VANT. A estratégia de pesquisa adotada é a Design Science Research, envolvendo três estudos empíricos ao longo das seguintes etapas: (a) a etapa de investigação do problema buscou identificar as lacunas quanto ao monitoramento da segurança com VANT; (b) a etapa de proposta de solução deu ênfase ao desenvolvimento do protocolo para monitoramento com VANT integrado às rotinas do SGS à luz da ER; (c) a etapa de implementação e refinamento do modelo consistiu na combinação do protocolo e das contribuições teóricas para o desenvolvimento dos potenciais para resiliência; e (d) avaliação do modelo e da sua implementação a partir dos construtos utilidade e impactos e riscos. Como principais resultados, foi observado que o modelo proposto favorece a identificação dos perigos e não conformidades (Safety-I) e a identificação de práticas informais e mecanismos que contribuem para a manutenção das operações diárias (Safety-II), por exemplo, a observação do trabalho realizado e o aprendizado com os fatores de sucesso e falhas. Como achados teóricos, esta tese contribui para o avanço no conhecimento por meio da proposição de um modelo e diretrizes para orientar o desenvolvimento dos mecanismos de resiliência e suas práticas visando melhorar a capacidade das organizações em monitorar, responder, antecipar e aprender. Como contribuição prática, o modelo proposto permite uma melhor colaboração, transparência e agilidade nas tomadas de decisão. Além de apresentar rotinas operacionais e de segurança que facilitam a integração do monitoramento com VANT ao SGS. Dentre as limitações percebidas, ressalta-se a dificuldade dos usuários em utilizar as informações fornecidas pelo monitoramento com VANT para o desenvolvimento das habilidades de resiliência. Essa dificuldade foi atribuída à fatores humanos e organizacionais, tais como, priorização da produtividade em sacrifício consciente da segurança, falta de recursos, alta demanda de trabalho pelos técnicos, treinamentos ineficientes, falha de planejamento, ausência de memória organizado, entre outros. |