O cotidiano com a morte e o morrer em uma unidade de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Queli Nascimento
Orientador(a): Porto, Lauro Antonio
Banca de defesa: Lemos, Maria Elisa Villas-Bôas Pinheiro de, Freitas, Maria do Carmo Soares de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Medicina da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31271
Resumo: Além de fatos biológicos, morte e morrer são processos construídos socialmente, porque envolvem a criação de simbologias no contexto histórico e cultural no qual o indivíduo está inserido. Morte e processo de morrer foram historicamente transferidos para o espaço do hospital e serviços de saúde especializados, como as unidades de terapia intensiva (UTI), implicando ao profissional da equipe multidisciplinar em saúde a convivência com esses fenômenos no ambiente ocupacional. Dessa maneira, a presente dissertação objetiva investigar a vivência de profissionais de uma unidade de cuidados intensivos tendo a morte e o processo de morrer como cotidiano de trabalho. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utilizou como recursos empíricos, para a produção de dados, as observações de campo e a entrevista semiestruturada. Este estudo utiliza como base a fenomenologia social de Alfred Schütz, que permitiu revelar os significados intersubjetivos atribuídos à vivência com a finitude da vida neste ambiente ocupacional e as repercussões que incorrem sobre os profissionais, delineando sentidos comuns. Para os trabalhadores da equipe multiprofissional, a UTI é um espaço construído por intercâmbio de experiências e que precisa ser diferenciado na assistência às pessoas no evento da morte e no processo de morrer. Os fenômenos de terminalidade são significados e vivenciados de modos singulares. A morte para a equipe é tida como uma possibilidade. O morrer é atribuído como uma dificuldade, um processo que afeta os profissionais diante de determinadas situações de assistência e envolvimento com a história de vida do paciente.