Perfil da microbiota intestinal em indivíduos asmáticos e seu papel imunomodulador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Fiuza, Bianca Sampaio Dotto lattes
Orientador(a): Figueiredo, Camila Alexandrina Viana de lattes
Banca de defesa: Figueiredo, Camila Alexandrina Viana de lattes, Oliveira, Pablo Rafael Silveira lattes, Góis, Marcelo Biondaro lattes, Baccan, Gyselle Chrystina lattes, Costa, Gustavo Nunes de Oliveira lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Imunologia - (PPGIM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39962
Resumo: O fenômeno da disbiose no microbioma intestinal pode influenciar o desenvolvimento imunológico do hospedeiro e a incidência de doenças alérgicas. Acredita-se que as interações microbioma-hospedeiro, ou seja, a simbiose, contribuam para o desenvolvimento adequado do sistema imunológico, enquanto a disbiose microbiana tem sido associada a uma variedade de distúrbios inflamatórios, incluindo a asma. O objetivo deste estudo é caracterizar o perfil taxonômico da microbiota intestinal de indivíduos asmáticos, participantes do World Asthma Phenotypes (WASP), e associá-lo a mecanismos imunomoduladores associados. A avaliação da microbiota intestinal foi realizada a partir do sequenciamento da região V4 do gene 16S rRNA do DNA bacteriano extraído de amostras de fezes, seguido de análise de bioinformática no software QIIME2. A associação com a resposta imune foi realizada utilizando marcadores como a positividade ao teste cutâneo, celularidade do escarro induzido e dosagem de citocinas no lavado nasal. Embora todos os filos predominantes, como Tenericutes, Proteobacteria, Firmicutes, Bacteroidetes e Actinobacteria, tenham sido consistentes entre asmáticos e não asmáticos, observaram-se diferenças nas abundâncias relativas. Não foram identificadas diferenças significativas na riqueza ou diversidade bacteriana entre asmáticos e não asmáticos, com base na diversidade alfa. No entanto, uma dissimilaridade estatisticamente significativa na diversidade beta foi observada. O gênero Bacteroides destacou-se como o mais abundante, contribuindo para a dissimilaridade entre o grupo asmático, enquanto Prevotella foi mais prevalente em não asmáticos. A presença de Bacteroides na microbiota dos asmáticos correlacionou-se com a produção de IL-4 no lavado nasal. Esses resultados reforçam a compreensão das diferenças na comunidade microbiana entre indivíduos asmáticos e não asmáticos.