A ludicidade na formação de professores de química: princípios para uma perspectiva crítica.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lima, Luiza Renata Felix de Carvalho
Orientador(a): Messeder Neto, Hélio da Silva
Banca de defesa: Bello, Maria Elvira, Alves, Lynn Rosalina Gama, Penha, Abraão Felix da, Silva, Joaquim Fernandes Mendes da, Messeder Neto, Hélio da Silva, Moradillo, Edilson Fortuna de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: em Ensino, Filosofia e História das Ciências/Universidade Estadual de Feira de Santana
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33530
Resumo: A ludicidade tem se consolidado como um campo de estudo em constante ascensão no ensino de Química. Entretanto, tais estudos nem sempre apresentam uma fundamentação teórica que subsidie as atividades lúdicas no contexto escolar, levando em consideração, especificamente, o ensino e a aprendizagem dos conhecimentos químicos, tampouco uma formação que possibilite ao professor atuar nesse sentido. É justamente por compreender a necessidade da fundamentação no campo da ludicidade que a presente tese de doutoramento tem como objetivo propor princípios para orientar a formação de professores para o lúdico, a partir dos fundamentos da psicologia histórico-cultural. Trata-se de uma pesquisa teórica que se debruça na compreensão do processo formativo do professor de Química para atuar de forma crítica no campo da ludicidade. Como pressuposto teórico, tem-se a psicologia histórico-cultural e o materialismo histórico-dialético defendido por Lév Vigotski e demais colaboradores, que assume a dialética no processo de ensino e aprendizagem, de modo a contribuir com o desenvolvimento das funções psíquicas superiores nos alunos, tendo em vista que os instrumentos pedagógicos no ensino de Química possuem uma forte influência das bases hegemônicas – o que implica em um esvaziamento teórico e pedagógico. Nesse sentido, formar o professor para o lúdico em uma perspectiva crítica é justamente um caminho para superação do esvaziamento posto. Foi exatamente pensando na superação da hegemonia difundida no processo formativo para o lúdico que os princípios elencados nesse estudo se constituíram como possíveis norteadores do trabalho pedagógico, no sentido de formar o professor para o lúdico para que, por meio dessa formação, as atividades lúdicas sejam utilizadas de modo consciente e em suas máximas potencialidades. Na tese, a partir das análises tecidas, foi possível evidenciar que as atividades lúdicas se dão como uma forma entre tantas outras que podem ser trabalhadas no contexto educacional. Também foi possível elucidar que as atividades lúdicas em si não têm uma teoria pedagógica, uma vez que elas podem ser trabalhadas em diferentes teorias, fato que implica na necessidade de superação da associação destas diretamente com as pedagogias hegemônicas. No que compete à organização das atividades lúdicas, apresentamos a problemática que julgamos imprescindível nesse processo, que consiste na compreensão da dialética existente entre a cultura lúdica do professor e a cultura lúdica do estudante. Por fim, evidenciamos os elementos políticos implícitos e explícitos na atividade lúdica. Defendemos que, por meio da compreensão dos princípios postos, seja possível se pensar em uma fundamentação da formação do professor para o lúdico em uma perspectiva crítica, especialmente, no ensino de Química.