Avaliação da variabilidade química dos alcaloides de Erythrina velutina Willd e otimização do método extrativo por delineamento experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Nadime Barbosa lattes
Orientador(a): Ramos, Renata Biegelmeyer da Silva lattes
Banca de defesa: Rambo, Renata Biegelmeyer da Silva lattes, Santos, Liz Oliveira dos lattes, Santos, Ygor Jessé Ramos dos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Farmácia (PPGFAR) 
Departamento: Faculdade de Farmácia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40294
Resumo: O gênero Erythrina L., pertencente à família Fabaceae (Leguminosae), compreende cerca de 130 espécies distribuídas em diversos países. São majoritariamente empregadas na recuperação de áreas devastadas, e de forma notável, seu uso tradicional envolve controle de infecções, tratamentos hepáticos, além da ampla utilização como agente ansiolítico/tranquilizante. Nessa conjuntura, encontra-se a espécie Erythrina velutina Willd. (mulungu), na qual possui dentre os metabólitos produzidos, os alcaloides tetracíclicos (eritrínicos) de forma abrangente, que através da estrutura policíclica, se destacam no âmbito de pesquisa por intermédio das atividades biológicas identificadas essencialmente no sistema nervoso central (SNC). É notável a ampla variabilidade química presente em todo gênero, contudo verifica-se ausência de registros oficiais, o que condiciona a comercialização de espécies diferentes com a mesma nomenclatura. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a variabilidade química de E. velutina em diferentes locais de coleta e farmacógenos, efetuando a otimização do método extrativo através do delineamento experimental. Para desenvolvimento do estudo, foram coletadas amostras em três localidades distintas da Chapada Diamantina: município de Boninal, e distritos de Mulungu e Barriguda. O material vegetal foi extraído, e o método foi desenvolvido por meio da cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a detector de diodos (CLAE/DAD) empregando fase móvel A composta de água:trietilamina (99,9:0,1) ajustada em pH 3,0 com ácido trifluoracético, e acetonitrila:trietilamina (99,9:0,1) como fase B em modo gradiente de eluição. O perfil analítico exibiu determinada congruência nos picos identificados em amostras de flores nas árvores de estudo com intensidade elevada, exceto para a árvore de Mulungu. Contudo, as amostras de cascas de caule demonstraram resultados promissores em termos de intensidade e similaridade. Em seguida, a caracterização química por meio de GC-EM revelou dados acerca dos marcadores químicos presentes nos diferentes locais de coleta, nos quais, foram identificados erisodina, eritrinina, erisotrina/isômero dienóide, eritralina, erisotina, e especialmente erisovina que foi detectada em todos os farmacógenos analisados. Por fim, o processo extrativo foi otimizado através da estratégia Box-Behnken e o ponto ótimo gerado foi definido com 3,63 horas, 0,59mm de granulometria e 126,06 proporção planta:solvente. Em suma, as metodologias empregadas foram eficazes para identificar o perfil químico dos alcaloides de E. velutina coletada no estado da Bahia, reafirmando os dados etnobotânicos de utilização de cascas de caule na maioria dos tratamentos, como resultante do elevado quantitativo dos componentes investigados e variabilidade química.