Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Queiroz, Giovanna Santana |
Orientador(a): |
Santos, Maria Ligia Rangel |
Banca de defesa: |
Pinto, Isabela Cardoso de Matos,
Riccio, Nicia Cristina Rocha |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Saúde Coletiva-ISC
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/17909
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Resumo: |
A educação, como prática social, é um processo complexo, com intencionalidade definida, portanto, não é neutra. O processo de ensino-aprendizado que tem a problematização como base, como é o caso da Educação Permanente em Saúde (EPS), requer a efetivação de ações que estimulem estudantes e professores à reflexão crítica e à ação transformadora da realidade. Neste sentido o presente estudo tem como objetivo geral analisar a estratégia pedagógica da problematização na mediação da aprendizagem dos tutores para induzir mudanças no modelo de atenção à saúde, fortalecendo o trabalho na Atenção Básica, a partir da EPS. Trata-se de um estudo de caso de natureza quantitativa e qualitativa, retrospectivo, que abordou uma ação educativa, o Curso de Gestão da Atenção Básica com ênfase na implantação das Linhas de Cuidado, desenvolvido pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB) e direcionado aos gestores da Atenção Básica/Estratégia de Saúde da Família. Utilizou-se a análise documental do projeto político pedagógico do Curso, o perfil dos tutores e os registros realizados pelos mesmos nas atividades a distância realizadas nos fóruns exclusivos para gestores nos módulos obrigatórios. No que concerne à análise dos dados, foi adotada a técnica de análise do conteúdo, utilizando as categorias dos seguintes temas: perfil, problematização e processo de trabalho do gestor. Os resultados demonstraram que a leitura do objetivo geral do Curso, por não explicitar as mudanças que se desejava realizar, sugere que os problemas a serem trabalhados emergiriam da realidade e seriam trazidos para discussão pelos gestores; os objetivos específicos são incoerentes/inconsistentes com relação ao geral, pois não apontam para alcançá-lo; os tutores apresentam uma expressiva qualificação em Saúde Coletiva/Atenção Básica, conhecimento prévio do grupo de estudantes e da realidade a ser problematizada, entretanto, possuíam frágil formação na área pedagógica; o estímulo à problematização não foi efetivado. Entretanto, os achados demonstraram que a mediação da aprendizagem estimulou essencialmente o levantamento de problemas e/ou proposição de soluções; a ação/atividade” do processo de trabalho do gestor foi o elemento preferencialmente trabalhado nos fóruns, evidenciando o caráter operacional do Curso; e, por fim, a análise das atividades práticas e da bibliografia reforçou o caráter operacional e normativo do mesmo, ao utilizarem essencialmente os materiais produzidos pelo Ministério da Saúde. Conclui-se que, para efetivação da EPS, torna-se urgente a formação pedagógica dos tutores na metodologia da problematização como prática pedagógica capaz de estimular a transformação da realidade, bem como, ampliar a concepção sobre a natureza da prática dos gestores, para além das determinações do Ministério da Saúde, a fim de estimular a formação de sujeitos críticos e reflexivos capazes de efetivar a reorientação do modelo assistencial a partir do fortalecimento da Atenção Básica. |