O PIBID química em questão: a pedagogia histórico crítica na formação dos(as) licenciandos(as) em química da UFBA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cruz, Tereza Cristiane Souza da
Orientador(a): Pinheiro, Bárbara Carine Soares
Banca de defesa: Moradillo, Edilson Fortuna de, Fadigas, Joelma Cerqueira, Silva, Erivanildo Lopes da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Universidade Estadual de Feira de Santana
Programa de Pós-Graduação: em Ensino, Filosofia e História das Ciências
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30209
Resumo: A presente pesquisa se insere no campo da investigação na formação de professores para o Ensino de Ciências/Química, através do subprojeto do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID/Química tendo como referencial teórico a Pedagogia Histórico Crítica (PHC) e seus fundamentos teóricos metodológicos. Partiu-se das inquietações da pesquisadora quanto às concepções e ações que embasam estes licenciandos em relação a uma formação crítica. Desta forma, tem por objetivo geral investigar a apropriação da PHC pelos licenciandos (as) bolsistas do programa PIBID/Química da Universidade Federal da Bahia (UFBA) através das ações realizadas nas escolas. Para dar conta deste objetivo, realizamos revisão bibliográfica onde apresentamos um panorama da constituição histórica da formação de professores e a interface com as Políticas Públicas voltadas a esta formação, tomando como autores de referência: Bomeny (1994); Tanuri (2000); Xavier (2002); Nascimento (2004), Saviani (2004; 2005; 2009; 2011), Gatti (2009), Romanelli (2010), entre outros autores consagrados na área; procuramos trazer considerações sobre o PIBID como politica pública, que promove a articulação do tripé acadêmico: pesquisa, ensino e extensão na formação de professores; as bases teóricas da PHC tomando como referencial as obras de Saviani, Gasparin, Duarte entre outros e levantamos considerações sobre as mudanças na formação de professores de química da UFBA. A pesquisa baseou-se na abordagem qualitativa, na modalidade estudo de caso e para tratamento dos dados nos balizamos nos fundamentos teórico-metodológicos da análise de conteúdo. Foram utilizados como instrumentos entrevistas semiestruturadas e análise documental dos relatórios e planos de ações de seis sujeitos, bolsistas do subprojeto no PIBID/Química. As análises das entrevistas e dos documentos foram realizadas a partir de quatro categorias temáticas estabelecidas aprioristicamente, tendo por base nosso referencial teórico: identidade docente e formação acadêmica; formação docente crítica e PHC; o PIBID e identidade docente; compreensão dos fundamentos da PHC. Somam-se novas categorias de caráter não apriorísticos, que emergiram durante a análise dos dados: o papel do professor formador; a importância da práxis no PIBID; compreensão didático-metodológica da PHC; o papel do professor e da escola, relação entre ensino crítico e transformação social. Algumas das temáticas analisadas comportaram como sub-categoria: O PIBID como formação complementar. Quanto as principais conclusões que chegamos ao final da pesquisa é que o PIBID/Química se constitui um programa de relevância e com potencialidades a serem exploradas na formação de professores, tanto pela experiência que proporciona, como por apresentar novos aportes teórico-metodológicos, como a teoria crítica PHC; percebe-se também a ressignificação quanto à identidade do licenciando (anda) com a profissão escolhida. A junção teoria–prática com os aportes teóricos da PHC mostram que o PIBID consegue complementar a formação destes estudantes dentro de uma perspectiva crítica, voltada para novas concepções de mundo. Para os pibidianos a compreensão desta teoria foi eficiente para prepara-los como docentes mais críticos, pois consideram que o uso da PHC nas suas ações no PIBID possibilita o ensino de química com criticidade, uma vez que promove novas mediações do conhecimento científico com o contexto social, pensando na transformação social.