Padronização do ensaio imunoenzimático (elisa) utilizando anti-igg de cão ou proteína a conjugados à peroxidase para o diagnóstico da leishmaniose visceral em canídeos silvestres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Ferreira, Paulo Roberto Bahiano
Orientador(a): Melo, Stella Maria Barrouin
Banca de defesa: Melo, Stella Maria Barrouin, Franke, Carlos Roberto, Teixeira, Márcia Cristina Aquino
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Ciência Animal nos Trópicos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19689
Resumo: No presente estudo, é descrita a padronização da técnica de imunoensaio enzimático (ELISA) para o sorodiagnóstico da infecção causada por Leishmania em canídeos silvestres brasileiros. Na América do Sul, a leishmaniose visceral (LV) é causada pela L. chagasi, sendo alguns canídeos considerados reservatórios naturais do parasito. A resposta imunológica à Leishmania é pouco estudada nos canídeos silvestres, que parecem apresentar resistência natural ao parasito. Foram estudadas amostras de soro/plasma obtidas de 12 canídeos cativos: sete lobos-guará (Chrysocyon brachyurus), três raposinhas (Lycalopex vetulus) e dois cachorros-do-mato (Cerdocyon thous). Dentre os canídeos estudados, um C. brachyurus e uma L. vetulus cativos em área endêmica para a LV, apresentavam em seu histórico clínico positividade na IFI e na técnica de PCR em aspirados de medula óssea para Leishmania sp. Foram então realizados diferentes ensaios imunoenzimáticos com o conjugado anti-IgG de cão e proteína A, que detectaram quatro (04/12) e três (03/12) C. brachyurus soropositivos para Leishmania sp. no ELISA com os respectivos conjugados. Os testes foram capazes de distinguir claramente as amostras positivas das negativas, uma vez que a média das densidades ópticas (DOs) das amostras negativas foram 4,8 vezes mais baixa do que a média das DOs dos positivos no ensaio com o conjugado anti-IgG de cão e 15,5 vezes nos testes com a proteína A. No Western Blot foi detectado um total de 22 bandas, com destaque para as de peso molecular 19, 22, 24, 45 e 66 kDa, presentes nas amostras de três C. brachyurus com soropositividade no ELISA indireto. Entretanto, as bandas 212, 32 e 23 kDa foram constatadas somente nos dois C. brachyurus com maiores valores de DOs. Os testes ELISA com a proteína A e o conjugado anti-IgG de cão apresentaram uma concordância excelente (Kappa = 1 p. 0,001) e moderada com o Western Blot respectivamente. O ensaio com a proteína A mostrou ser adequado a testes sorológicos de triagem, mas o ideal ainda seria o desenvolvimento de conjugados com anticorpos espécie-específico para padronização de ELISA indireto para as diferentes espécies silvestres.