A oferta de cursos técnicos presenciais de nível médio pelos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia do Brasil e suas relação com os arranjos produtivos locais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Vago, Rejane Maria de Araújo
Orientador(a): Guimarães, Maria do Carmo Lessa
Banca de defesa: Guimarães, Maria do Carmo Lessa, Andrade, José Célio Silveira, Toledo, Luciano de Oliveira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18153
Resumo: A Lei n º 11.892, de 29 de dezembro de 2008, instituiu a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e criou os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Entre os preceitos apresentados, a referida Lei define que as ofertas educativas da Educação Profissional e Tecnológica devem se inserir em um projeto de desenvolvimento nacional, articulando-se com os arranjos produtivos, sociais e culturais locais, identificados no âmbito da atuação dos Institutos Federais. Nessa perspectiva, este trabalho busca analisar a oferta dos cursos técnicos presenciais, nas formas integrada, concomitante e subsequente, pelos 38 Institutos Federais brasileiros e sua relação com os Arranjos Produtivos Locais. Questiona-se neste trabalho como é definida a oferta dos diferentes dos cursos técnicos pelos Institutos Federais no Brasil, e se existe relação entre essa oferta e os Arranjos Produtivos Locais. Para atingir os objetivos foram mapeados os cursos ofertados por meio do SISTEC; e identificados os Arranjos Produtivos Locais, com base em estudo desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Foram também levantados dados sobre os critérios, estratégias e fontes de informação utilizadas para definição da oferta de cursos técnicos, bem como os diferentes atores sociais envolvidos nessa definição, através de questionários aplicados com os Pró-Reitores de Ensino, informantes-chave desta pesquisa. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, de base predominantemente qualitativa e, complementarmente, utiliza-se de métodos quantitativos. Os resultados encontrados por meio do questionário, o qual foi respondido por 22 Institutos Federias, impõem uma reflexão sobre a importância do desenvolvimento de critérios mais claros e específicos para a definição dos cursos, resultante de um amplo processo de consulta à sociedade, baseado em análises sobre as condições geopolíticas, econômicas e sociais no âmbito de cada IF. Essa conclusão é também reforçada pelos resultados obtidos por meio da metodologia de correlação, ao revelar que a oferta de cursos técnicos presenciais de nível médio pelos 38 Institutos Federais atende a apenas 36% dos 667 APLs levantados. O conjunto destes resultados aponta para a existência de uma relação que precisa ser ainda melhor desenvolvida entre os cursos oferecidos e as características dos respectivos Arranjos Produtivos Locais.